A sua obra tem alternado entre a ficção – mas sempre com um pé em realidades históricas – e os ensaios. O percurso de vida de Amin Maalouf, nascido em 1949, em Beirute, Líbano, presta-se bem a essas duas vertentes. Quando era criança passou muito tempo no Egito, com os pais, num momento esse país, e a região do Levante, brilhavam entre o cosmopolitismo e a diversidade multicultural e os movimentos de afirmação nacionalistas, patrióticos e libertadores em relação aos velhos impérios europeus. Foi acumulando muitas histórias e História viva. Há meio século foi viver para Paris, onde ainda hoje vive. Começou por se dedicar ao jornalismo, foi editor da revista Jeune Afrique, mas desde cedo sentiu o apelo da literatura e de abordagens mais aprofundadas à História. Notabilizou-se, em 1983, com aquela que é, ainda hoje, uma das suas obras mais conhecidas e que pôs muitos europeus a olharem para si próprios de um ponto de vista a que não estavam habituados: As Cruzadas Vistas pelos Árabes. Entre os romances, destaquem-se, por exemplo, Leão, o Africano (1986), Samarcanda (de 1988), O Rochedo de Tanios (1993, que lhe valeu o Prémio Goncourt) ou o mais recente A Odisseia de Baldassare (2020).

Com O Naufrágio das Civilizações (2019) fez, ao mesmo tempo, uma autobiografia dos seus primeiros anos e uma apaixonante análise a um mundo em mudança acelerada, visto sobretudo a partir do “universo levantino”. Começava assim: “Nasci saudável nos braços de uma civilização moribunda e, ao longo de toda a minha existência, tive a sensação de sobreviver, sem mérito nem culpabilidade, enquanto tantas coisas, à minha volta, se transformavam em ruínas.(…) Foi este o meu triste privilégio, desde o primeiro suspiro.”

Amin Maalouf esteve no passado fim de semana em Lisboa para participar no festival literário 5L. Encontrámo-lo numa das enormes salas do hub criativo do Beato. Por vezes, fizemos-lhe perguntas sobre o mundo como se estivéssemos perante um oráculo. Mas ficámos a pensar numa frase, escrita por Bertrand Russell em 1933, muito partilhada nas redes sociais por estes dias: “No mundo moderno, os estúpidos estão cheios de certezas, enquanto que os inteligentes estão cheios de dúvidas.”

Passagem por Lisboa No Hub Criativo do Beato. Amin Maalouf já esteve várias vezes em Lisboa, mas diz que ainda não conhece a cidade como gostaria

Abre o epílogo d’O Naufrágio das Civilizações, de 2019, com uma citação de Pedro Calderón: “O pior nem sempre é certo.” E esforça-se por fechar o livro com algum otimismo. Hoje, seis anos depois, tê-lo-ia feito de outra maneira?
Não me considero um pessimista. Mas sinto que neste momento o mundo pode ir na direção do melhor ou do pior. É difícil de prever. Há muito tempo que se fala de aceleração tecnológica, mas neste momento vivemos uma aceleração da técnica e da ciência inédita, ainda mais intensa, difícil de acompanhar, talvez incontrolável. Mesmo quem trabalha nessas áreas e está implicado nessa aceleração não consegue perceber bem para onde tudo se encaminha, o que vem a seguir…

O caso da Inteligência Artificial,por exemplo…
Exatamente. Estamos num momento da História em que tanto podemos conseguir feitos notáveis como ir na direção de um grande desastre… Temos que perceber onde estamos e tentar evitar esse último caminho. Julgo que escreveria esse epílogo da mesma maneira, acreditando que o pior possível não é uma certeza. Há muitas coisas inquietantes, é verdade, mas as novas tecnologias abrem possibilidades de resolver problemas e desenvolver o mundo de formas novas, que nunca experimentámos. Hoje, há, por exemplo, uma difusão do conhecimento impressionante. A partir do nosso quarto conseguimos aceder a todos os saberes do universo… Acho que podemos imaginar um mundo que encontra uma forma de reconciliação, apesar das difíceis situações atuais. É possível.

A metáfora do Titanic e do naufrágio que usa nesse livro já é, por si, bastante assustadora…
Estamos próximos do iceberg, mas ainda é possível evitar o pior. Uma questão urgente que se coloca agora é que assistimos a um esgotamento da ordem mundial que conhecíamos. Conseguiremos reconstruir uma nova ordem mundial?

Na sua obra e pensamento há sempre a ideia de que a diversidade, o cruzamento de culturas e identidades diferentes, é uma energia muito positiva de desenvolvimento. Hoje isso não parece claro para todos… E nas eleições vemos muita gente com medo precisamente do “outro”, dessa diversidade.
A diversidade é positiva se a soubermos gerir. Se não soubermos pode tornar-se um problema, pode ser destrutiva. E é difícil tratar das relações entre pessoas e comunidades de origens diferentes. Infelizmente, não conheço muitos casos no mundo de grande sucesso quanto a isso

Fala do caso de Mandela, na África do Sul, como um bom exemplo…
Sim. A atitude pessoal de Nelson Mandela foi um bom exemplo dessa defesa prática da diversidade, o que não quer dizer que a África do Sul se tenha tornado num país idílico nessa matéria. Não vejo, nem no hemisfério sul nem no hemisfério norte, hoje, lugares onde essa questão seja bem gerida, com eficácia.

Isso não quererá dizer que, afinal, essa grande diversidade nos põe, sobretudo, problemas?
É difícil de gerir… A marcha do mundo levou-nos para aqui, para uma sociedade fundamentalmente diversa, um pouco por todo o planeta, ou seja: não podemos escolher se queremos ou não essa diversidade, ela existe, está aí. O que precisamos é de a gerir de forma a que se preservem os valores essenciais e o progresso da sociedade.

O medo do “outro” condiciona muito, atualmente, esse progresso, sobretudo devido aos grandes fluxos de migrações
Se existe mesmo medo, ele não pode ser desvalorizado. É preciso ouvir as pessoas que dizem que têm medo, tentar entender as suas razões. O que não se deve mesmo fazer é dizer-lhes: “Não há razão nenhuma para sentires medo, és um xenófobo, um racista…”. Se uma comunidade sente medo é preciso fazer um esforço para compreender esse medo.

Esse medo pode levar, nas democracias, os eleitores a votarem em forças que se opõem, de facto, à diversidade, e que até podem ser mesmo xenófobas. Isso não é um problema?
Sim, é um problema dos nossos dias.

A ideia do protecionismo, que parece ter regressado em força com Trump na presidência dos EUA, será uma tendência duradoura para os próximos tempos, em oposição a um mundo globalizado?
Não consigo ter certezas nessa matéria. Mas julgo que esse é um movimento contracorrente na História e que dificilmente pode impor-se. Parece-me extremamente improvável, e difícil, haver um recuo na globalização. Até porque a força e o poder dos EUA vem, sobretudo, desse movimento, de que eles foram, em boa parte, criadores. A ideia de que ele podem ser ainda mais poderosos optando pelo caminho do protecionismo parece-me irrealista e até paradoxal. Não sendo especialista na matéria, não me parece que essa seja a direção em que vamos avançar nos próximos tempos…

Falando de Trump. Como escritor, parece-lhe uma boa personagem de ficção, apesar de ser bem real?
Totalmente. Podemos imaginar na ficção uma personagem que, rapidamente, muda a realidade no mundo inteiro. Mas é muito raro que isso aconteça na vida real… E, de algum modo, estamos a assistir a isso. Um mundo distorcido em relação ao que era antes de Trump ter chegado de novo ao poder. Meramente como observador é fascinante assistir a tudo isto, independentemente de simpatizarmos ou não com a personagem. Mas ainda estamos demasiado próximos do que está a acontecer para conseguirmos antecipar o que significará Trump daqui a 20 anos. Será uma espécie de parênteses estranho na História? Ou o início de algo realmente novo e marcante no mundo? É muito difícil fazer esse exercício agora… Houve casos parecidos, com impacto por muitos anos, que ainda sentimos: Thatcher, em Inglaterra, e Ronald Reagan, nos EUA… Donald Trump será alguém com esse poder? Não sei. Para alguém que tem a minha visão do mundo, não é, certamente, uma personagem a que eu adira espontaneamente. Muitas coisas que ele faz e diz são estranhas para mim… E devo dizer que das duas vezes em que ele se candidatou à Casa Branca, dois meses antes das eleições, em 2016 e 2024, eu estava convencido de que ele não iria ganhar. Só uns dias antes é que senti que isso era possível… Ainda vamos perceber se este aumento do populismo na Europa, e noutros países, como a Argentina, se vai instalar mesmo como uma tendência mundial, com grandes mudanças associadas, ou se é como um momento febre súbita, que vai baixar rapidamente. Poderá ser visto como o tal parênteses na História que vamos esquecer mais ou menos rapidamente…

Observador “O meu temperamento é mesmo o de observar e escrever”, diz o autor de As Cruzadas Vistas pelos Árabes, rejeitando qualquer ambição como político

Outra personagem que marca fortemente o nosso tempo é Benjamin Netanyahu, que tanto é visto como um criminoso ou como um pragmático, cumprindo os objetivos de Israel. Como olha para ele?
Não me parece comparável a Trump, como fenómeno que, a partir dos EUA, deixa uma marca no mundo de hoje. Netanyahu está há muito no poder em Israel, é o governante que liderou o país durante mais tempo, mais ainda que os históricos, como Ben-Gurion… O que é novo ali, neste momento, é o poder militar de Israel, extremamente forte. Eu que nasci nessa região [no Líbano] nunca assisti a isso. Neste momento intervém no Líbano, na Síria, no Iémen, às vezes no Irão e no Iraque. Com a ajuda dos EUA, claro… Netanyahu tem uma oposição interna muito forte, que aumentou com o modo como lidou com a questão dos reféns raptados pelo Hamas, mas ao mesmo tempo parece ter um grande apoio no modo como lida com os países vizinhos. Chega a ser paradoxal… Às vezes parece que vai cair de um dia para o outro, mas logo a seguir surge como a figura mais forte e poderosa daquela região. 

Acha que Israel está em risco de sobrevivência nas próximas décadas? A narrativa israelita para justificar o seu poderio bélico e as suas ações militares passa por aí, como se estivesse sempre em causa a sua existência…
Não sinto que Israel esteja ameaçado a esse ponto. É, aliás, uma grande potência regional e mundial. Num futuro próximo não vejo essa ameaça existencial, mas talvez a longo prazo essa questão se possa pôr.

E o seu Líbano? Vai lá muitas vezes?
Não, não tenho ido… Poderia ir, mas não tenho essa necessidade. Começa a sair da sua crise profunda, as coisas estão a melhorar um pouco. Sinto alguma nostalgia do Líbano que conheci, mas não tenho ilusões, sei que não vai voltar ao mesmo nível de coexistência de comunidades, cosmopolitismo e de prosperidade que já teve. A violência vai imperar naquela região tumultuosa durante anos, décadas. Todas essas cidades do Levante, Alexandria, o Cairo, Beirute já não são cosmopolitas como um dia foram. Hoje as cidades cosmopolitas, nesse sentido, são Marselha, Londres, Lisboa…

Falando da União Europeia, a realidade onde vive. Sente que há o risco de colapsar quando se veem tantos partidos antieuropeístas a ganharem força em eleições?
Essa é uma questão que me preocupa muito. E sinto que, também neste caso, há vários caminhos possíveis. Há a grande oportunidade, agora, de a União Europeia se afirmar, se fortalecer. Mas também há o risco de se fragilizar, com a afirmação desses partidos populistas… São duas forças que se desenvolvem em paralelo por estes dias. Tenho esperança de que a União Europeia ganhe consciência do seu lugar e papel no mundo, do nível de vida que conseguiu proporcionar, e que isso leve a uma maior integração.

Não parece ser isso que está a acontecer neste momento…
Eu defendo mesmo o federalismo, uma federação parecida à dos EUA.

A 27?
Com a maioria… Hoje parece uma utopia, eu sei, mas olhando para os outros cenários possíveis, parece-me uma utopia possível de concretizar e desejável. E julgo que o mundo precisa desta força, desta união na Europa.

Em França, e antes dessa utopia se concretizar, vamos chegar a ver o Rassemblement National [antes Front National, o partido de Le Pen] no poder?
É uma possibilidade… Se me fizer essa questão um mês antes das eleições de 2027 penso que darei a mesma resposta que hoje. Vai ser uma decisão nos últimos momentos… Seja com Marine le Pen ou com Bardella, julgo que o resultado do partido não estará muito longe de 50% dos votos.

Essa divisão de eleitorado não parece muito promissora para uma Europa forte…
É muito importante que nos próximos tempos se faça uma reflexão a sério sobre o papel da Europa, em todos os países europeus.

Inglaterra também?
Neste momento tanto parece que se aproxima da América de Trump como, logo a seguir, parece que está arrependida de se ter afastado da União Europeia… São, talvez, só peripécias destes momentos que vivemos, mas julgo que esse movimento de reflexão europeu poderá incluir a Inglaterra. Devia-se ter feito tudo para evitar o Brexit. Em vez de encolhermos os ombros e termos aceitado facilmente que eles poderiam deixar a União Europeia, devíamos ter ouvido com atenção as suas recriminações, as suas razões. É um país com uma grande tradição democrática. Julgo que a UE devia ter tentado perceber o que nos levou a essa situação e tentar pensar em soluções, em vez de dizer simplesmente “ah, é o populismo…”.

Como observador tão atento do mundo, e ligado a vários contextos geográficos, nunca teve a tentação de seguir uma carreira política?
Não, de modo nenhum. Sinto-me muito mais à vontade no papel de observador. Não me vejo a envolver-me num combate em particular, e até receio que isso toldasse a minha objetividade. O meu temperamento é mesmo o de observar e escrever… No Líbano pertencia a uma comunidade muito restrita, muito pequena [greco-católicos melquitas]; quando cheguei a França era um emigrante sem nenhumas ambições políticas. Escolhi a literatura…

E o jornalismo. Que hoje parece estar tão frágil…
O papel dos jornalistas é extremamente importante hoje, e faz-se muito bom jornalismo. É fundamental organizar a informação no meio de tanto ruído do mundo, distinguir o verdadeiro do falso, o que é credível e não é, o que é importante e não é. Estamos claramente num período de transição, entre velhos modelos e novos, também no jornalismo. Tenho ouvido, por exemplo, podcasts notáveis, muito interessantes. É um combate que deve ser feito, o de reconquistar espaço para o jornalismo de qualidade, que existe.

Labirintos

Os dois mais recentes ensaios de Amin Maalouf, ambos publicado em Portugal na Marcador (uma chancela da Presença). O Labirinto dos Perdidos, o Ocidente e os Seus Adversários (368 págs., €20,90), de 2023, e O Naufrágio das Civilizações (240 págs., €17,90), de 2019, procuram sinais de uma nova ordem mundial a partir da História

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Bem adivinhou o Presidente da República ao convocar eleições legislativas para esclarecer o quadro de governabilidade. Tudo como esperado — e tudo ao contrário. Inesperado.

O novo Governo da AD terá um apoio mais substancial no Parlamento, com ou sem a ajuda da IL, pela simples razão de ter subido quase 6% nos votos entre 2024 e 2025. Dito de outra forma: os eleitores punirão fortemente qualquer nova instabilidade governativa, e por aí estamos conversados.

Os resultados eleitorais revelam uma complexidade nas variações políticas: a AD cresceu essencialmente à custa dos «socialistas» do PSD — os “democratas de Reagan” — que mudam conforme os ventos, e, obviamente, também de eleitores da IL, que não cresceu como pretendia.

A confusão começa agora: o Chega teve uma subida espectacular à custa de votos do PSD e do PS, sendo que uns preencheram o vazio deixado pelos outros. Cada eleitor que mudava de partido era compensado por outro, vindo de banda oposta, e o resultado foi crescimento. O PS, diga-se, perderia sempre estas eleições, com Pedro Nuno Santos ou com qualquer outro secretário-geral socialista.

PNS apanhou com o cansaço dos eleitores à esquerda e ao centro, e não teve um resultado pior apenas porque conseguiu captar votos do Bloco, do PCP e do Livre. Esta esquerda precisa de se refazer urgentemente. Nenhum governo governa bem sem uma oposição forte, sensata e vigilante dos atos do Executivo.

Conclusão: todos sabíamos que a AD sairia vitoriosa, que Luís Montenegro receberia um voto de confiança dos portugueses, sendo popularmente indigitado para primeiro-ministro. Mas ninguém previa o vulcão de votos que caiu sobre o Chega. Hoje, Portugal tem três grandes partidos — e o Chega até pode vir a ser o segundo partido do sistema com os votos da imigração. As coisas são o que são.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

“Na sequência das eleições para a Assembleia da República ontem [domingo] realizadas, o Presidente da República nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 187.º da Constituição, vai iniciar amanhã, terça-feira, as consultas aos partidos políticos, tendo em conta os resultados provisórios anunciados pelo Ministério da Administração Interna, e sem prejuízo dos círculos que ainda falta apurar”, lê-se numa nota publicada no site oficial da Presidência da República na Internet.

O PSD será ouvido às 11h00 de terça-feira, o PS às 15h00 e o Chega às 17h00.

Faltando apenas os votos dos círculos da emigração, a coligação AD venceu as eleições de domingo com 32,7%, seguida do Partido Socialista, com 23,4% mas com o mesmo número de deputados do Chega: 58 cada.

O novo robô criado pela equipa da Universidade de Bristol é capaz de monitorizar o ambiente que o rodeia para decidir como se movimentar e como agarrar objetos com precisão. A inspiração vem do sistema nervoso central do polvo. O robô sabe como usar a sucção para se fixar em objetos e também a utiliza para ‘sentir’ o ambiente e controlar as suas ações.

O sistema permite segurar delicadamente em objetos sensíveis, perceber se está a tocar em água, ar ou uma superfície dura e ainda prever quão duros são os objetos que está a tentar manipular, sem ter de recorrer a um computador central.

Nos polvos, há uma hierarquia neuromuscular eficiente que permite uma grande destreza e a criação robótica integra ventosas com sensores, computação integrada nos membros e um raciocínio centralizado de elevada capacidade. Os investigadores quiseram replicar o funcionamento dos polvos e explorar a energia fluída e a capacidade de informação destas ventosas, bem como de elementos computacionais moles e atuadores moles também, explica o Interesting Engineering.

Tianqi Yue, que lidera a equipa, explica que “no ano passado, desenvolvemos uma ventosa de sucção artificial que replica a forma como os polvos aderem a rochas usando materiais moles e selamentos com água. Esta pesquisa traz esse trabalho mais para a frente, desde usar uma ventosa como os polvos para se ligar a objetos até usar uma ‘inteligência de sucção integrada’ – replicando aspetos fundamentais da estrutura neuromuscular do polvo num sistema robotizado mole”.

A abordagem tira partido de trabalhos de sucção inteligente que permitem ao robô segurar delicadamente em objetos, enrolar-se de forma adaptada e rodear objetos de geometrias desconhecidas. Por outro lado, ao descodificar a resposta de pressão de uma ventosa, os robôs conseguem atingir uma perceção multimodal de elevado nível, o que lhes permite detetar contacto, classificar o ambiente e a rigidez das superfícies e prever uma força interativa de puxão.

A solução abre caminho a uma nova geração de robôs moles, mais capazes, seguros, inteligentes e com um melhor consumo energético capazes de, por exemplo, ajudar na apanha da fruta, manipular objetos delicados em fábricas e até mesmo gerar soluções diferentes no campo da medicina.

Leia o estudo publicado na Science Robotics.

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A nova funcionalidade vai permitir identificar quem é o destinatário de um pagamento, que até agora podia estar oculto através de serviços contratados.

A medida é saudada como muito positiva pelas empresas do setor. Para o diretor-geral da Hipay em Portugal, Eduardo Barreto, “vai melhorar tudo, não há pontos negativos”. “O único ponto negativo seria para os burlões e para os criminosos”, considerou, em declarações à Lusa.

No entender deste responsável, a partir de hoje “vai ser mais difícil” fazer burlas através do multibanco, uma vez que as referências geradas em lojas online de parceiros já serão devidamente identificadas.

A ideia é partilhada pelo cofundador da Ifthenpay Filipe Moura, cuja empresa também vê a medida “de forma muito positiva”, acrescentando que era algo solicitado desde o início da atividade da empresa, em 2005.

“Embora os pagamentos por referência Multibanco apresentem um índice de fraude muito baixo, esta medida contribuirá para reduzir ainda mais certos tipos de fraude – como, por exemplo, a conhecida fraude ‘Olá Pai, Olá Mãe’ – pois o ordenante passa a ter visibilidade direta sobre o destinatário efetivo dos fundos”, explicou Filipe Moura.

O copresidente executivo da Eupago Telmo Santos enalteceu o “passo positivo para o reforço da segurança nas transações financeiras”, mas pediu um equilíbrio entre a segurança e a privacidade dos utilizadores.

Este é o mais recente mecanismo do BdP para evitar fraudes no setor, depois de, no ano passado, também em maio, ter entrado em vigor uma solução para identificar o titular da conta através do IBAN, aquando de uma transferência.

A nova funcionalidade vai permitir identificar quem é o destinatário de um pagamento – como empresas -, que poderá estar hoje oculto através de serviços contratados, possibilitando que o consumidor perceba a quem está a enviar o dinheiro.

Eduardo Barreto considerou que o negócio até pode ser afetado pela positiva porque os clientes “até poderão preferir ter o seu nome, em vez do nome da Hipay”, mas explicou que os dois estarão visíveis – tanto o do parceiro, como o da plataforma.

A opinião é replicada pela Ifthenpay, que também considera que a apresentação dos dois nomes “reforça também a confiança dos utilizadores”.

“Em caso de problemas com a entrega de produtos ou serviços, o ordenante saberá que pode contactar a Ifthenpay para mediar o processo”, refere Filipe Moura, acrescentando que “sem esta visibilidade, fraudes como a não entrega de bens ou serviços seriam mais difíceis de detetar, prevenir e travar”.

Já a Eupago apesar de admitir que pode haver “algum reflexo na exposição da marca”, acredita que esse impacto “não será expressivo a nível de atividade”.

Questionadas sobre os custos envolvidos para a transposição desta norma, as empresas consideraram que foram pouco significativos, tendo a Eupago apontado que há custos inerentes como desenvolvimento tecnológicos, testes e monitorização.

Sobre as reclamações recebidas, tanto Ifthenpay como Hipay apontaram que na maioria não se tratam de fraudes, mas sim de pessoas que se esqueceram do que pagaram.

Em Portugal, a violência doméstica continua a fazer vítimas todos os anos. Apesar das campanhas de sensibilização e das reformas legislativas, os números teimam em não descer significativamente. A questão, porém, não está apenas na lei — está, sobretudo, na forma como o sistema responde aos pedidos de ajuda. A sobrecarga de processos e a incapacidade de resposta dos profissionais que atuam nesta área tornam quase “inevitável” que haja falhas graves. E essas falhas, infelizmente, podem custar vidas.

Quem acompanha de perto esta realidade — sejam vítimas, técnicos, juristas ou associações — sabe que o sistema está saturado. Os tribunais e as forças de segurança lidam com milhares de processos por ano, sem meios humanos e materiais para dar resposta com a urgência e o cuidado que a violência doméstica exige.

Com forma de combater este flagelo, a Procuradoria Geral da República no ano de 2019, no âmbito dos Departamentos de Investigação e Ação Penal Regionais, Lisboa, Sintra, Seixal e Porto procedeu à criação de Secções Especializadas Integradas de Violência Doméstica (SEIVD), compostas por Núcleos de Ação Penal (NAP) e Núcleos de Família e Crianças (NFC).

Estas secções visam proporcionar uma resposta judicial mais célere, eficaz e centrada na vítima, integrando magistrados, polícias e técnicos de apoio. No entanto, a eficácia destas estruturas enfrenta desafios significativos, especialmente relacionados com a escassez de magistrados e outros profissionais judiciais, concretamente funcionários.

Seja nas SEVID ou em qualquer Tribunal, a falta de magistrados e oficiais de justiça compromete a capacidade institucional para lidar com ausências prolongadas, como baixas médicas ou licenças parentais, sobrecarregando os restantes profissionais e afetando a gestão eficiente dos processos.

O número de processos de violência doméstica não para de crescer, mas o número de procuradores e funcionários judiciais não acompanha esse aumento. O resultado é um sistema que já não consegue responder à altura.

A legislação portuguesa reconhece a gravidade da violência doméstica, atribuindo natureza urgente aos processos relacionados com este crime. De acordo com o artigo 28.º da Lei n.º 112/2009, de 16 de setembro, os processos por crime de violência doméstica têm natureza urgente, mesmo que não haja arguidos presos. Esta urgência implica a aplicação do regime previsto no n.º 2 do artigo 103.º do Código de Processo Penal, que determina que os atos processuais sejam praticados durante as férias judiciais, sem suspensão de prazos.

No entanto, a realidade nos tribunais portugueses revela um cenário preocupante: processos classificados como urgentes — que deviam ser resolvidos em dias — arrastam-se durante semanas ou até meses; medidas de coação são adiadas, audições proteladas, e vítimas deixadas à sua sorte, muitas vezes ainda a conviver com os agressores.

A falta de magistrados tem consequências gravíssimas.

Os Magistrados do Ministério Público são forçados a acumular dezenas de processos complexos, o que reduz a possibilidade de análise atenta de cada caso, trabalhando sob pressão constante, num ambiente de exaustão que pode conduzir ao erro.

Como garantir justiça célere e humana se quem a aplica está a trabalhar no limite?

É impossível garantir justiça eficaz com tribunais a funcionar no limite das suas capacidades. E é ainda mais inaceitável que isso aconteça precisamente nos casos em que a urgência é vital. O sistema deveria ser uma rede de segurança para as vítimas. Em vez disso, muitas vezes transforma-se num novo campo de angústia e espera.

O Estado precisa de agir com responsabilidade. É urgente reforçar os quadros de magistrados, de funcionários, e investir em formação especializada para todos.

Embora Portugal tenha avançado na legislação de combate à violência doméstica, a eficácia das Secções Especializadas Integradas e de todas as secções a nível nacional que tramitam processo de violência doméstica depende diretamente do investimento em recursos humanos. Sem esse compromisso, as vítimas continuarão a enfrentar obstáculos no acesso à justiça e à proteção que merecem.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Palavras-chave:

Até agora, a HP reservava os chips Snapdragon apenas para a linha de computadores Omnibook X, cujos preços começam nos mil dólares. Agora, a fabricante anunciou na Computex 2025 que também a linha Omnibook 5 Series vai aparecer com estes chips, que oferecer melhor desempenho e consumo energético. Os preços destes computadores começam nos 799 (708,96 euros à taxa de câmbio atual) dólares para o ecrã de 14 polegadas e 849 dólares (753,33 euros à taxa de câmbio atual) para a versão de 16 polegadas.

Os computadores da linha Omnibook 5 Series já trazem acesso a funcionalidades alimentadas pelo Copilot+, como o Recall, o Click-to-Do e uma experiência Windows Search melhorada, de acordo com o Engadget.

Os portáteis contam com ecrã OLED 2, uma autonomia de 34 horas e conseguem recuperar 50% da bateria em cerca de 30 minutos. Os utilizadores que ‘precisem’ de mais ecrã, podem ligar as máquinas a um monitor externo 5K ou a dois monitores 4K, e contam ainda com uma câmara 1080p IR com Audio Boost 2.0 para telecomunicações com maior qualidade.

Estas novas máquinas começam a chegar ao mercado em junho.

Os sistemas convencionais de encriptação não conseguem ser robustos para resistir aos sistemas modernos de computação quântica. Assim, é necessário desenvolver sistemas mais capazes e que sejam indecifráveis mesmo pelos computadores mais potentes. O China Telecom Quantum Group afirma ter conseguido isso mesmo: um sistema de encriptação quântica que não pode ser decifrado.

O grupo chinês revela ter feito com sucesso uma chamada telefónica através deste sistema, entre as cidades de Pequim e Hefei (mais de 950 quilómetros de distância). O sistema de criptografia distribuída combina duas tecnologias essenciais para proteger as telecomunicações mesmo contra os ataques quânticos mais sofisticados.

O avanço é possível com a utilização da Quantum Key Distribution, para transmitir as chaves de encriptação de forma segura através de mecânica quântica, e a Post-Quantum Cryptography, para proteger os dados com algoritmos matemáticos complexos, noticia o Interesting Engineering. Com esta combinação, é possível criar uma arquitetura segura ponto-a-ponto para aplicações como comunicações em tempo real, proteção de dados e autenticação de identidades.

O cientista quântico que lidera a equipa que desenvolveu esta solução, Peng Chengzhi, lembra que os sistemas de encriptação públicos baseados em chave enfrentam riscos acrescidos à medida que a tecnologia quântica vai progredindo. Chengzhi reforça que é urgente acelerar o desenvolvimento e disponibilização de infraestruturas de cibersegurança resistentes à ameaça quântica.

No caso deste sistema em concreto, a arquitetura de três camadas assegura a robustez necessária para ser impenetrável. A empresa afirma que os testes foram concluídos com sucesso e que está pronta para lançar uma rede comercial em grande escala, o que assinala um passo importante em direção a comunicações quânticas seguras.

O grupo chinês estabeleceu redes quânticas em 16 grandes cidades com o objetivo de as utilizar como o esqueleto multirregional para a infraestrutura de comunicações seguras, colocando a China na liderança deste segmento.

Hanami é uma palavra japonesa que significa “contemplar as flores” e é emprestada ao filme de Denise Fernandes por uma personagem: um vulcanólogo nipónico que explora os mistérios das areias pretas da ilha do Fogo, Cabo Verde. Denise transporta para o seu filme toda essa contemplação poética – a busca do belo, o desejo de permanecer quando todos os sinais indicam caminhos para partir.

A poesia imagética de Denise está muito distante do estilo de Pedro Costa, em A Casa de Lava, que continua a ser a maior referência visual da ilha no cinema. O lirismo de Hanami tem uma âncora bem presa na realidade, parte de dentro para fora e envolve-se com a essência dos habitantes da ilha. Para isso, foi fundamental o trabalho com atores não profissionais.

À exceção do japonês Yuta Nakano e da francesa Alice da Luz, que incorporam personagens que vêm de fora, todo o elenco foi recrutado na própria ilha, após um longo processo que foi muito além dos métodos tradicionais de casting. Foi assim que se construiu uma identidade local credível e admirável, com destaque para a interpretação forte e contida da estreante Nha Nha Rodrigues.

Denise Fernandes soube tirar partido da beleza peculiar da ilha do Fogo de forma subtil, dando a ideia de que a própria paisagem se funde com os protagonistas, condicionando as suas ações. Em termos fotográficos, é um filme extremamente belo, mas seguindo uma direção distinta da de Pedro Costa – o olhar aqui é sempre mais interior.

Filha da diáspora, Denise Fernandes começou por retratar, em curtas-metragens, a comunidade cabo-verdiana em Portugal, com um olhar social, político e, sobretudo, cinematográfico, ajudando a colmatar uma lacuna de representatividade nas artes em geral. Mas nunca escondeu o desejo de ir ao ponto de partida, para contar o início da “história”: filmar Cabo Verde, os que partem, os que ficam, os que regressam.

Hanami é uma surpreendente primeira obra de uma jovem realizadora que soube definir o seu olhar de forma simultaneamente poética e realista, revelando uma outra perspetiva, tão íntima quanto universal.

Hanami > De Denise Fernandes, com Nha Nha Rodrigues, Alice da Luz, Yuta Nakano, João Galinha Mendes > 96 min

Outra estreia nas salas de cinema

Os Fantasmas

Quando realmente termina uma guerra? O francês Jonathan Millet conta-nos uma história sobre a guerra da Síria, emocionalmente violenta e com contornos de filme de espionagem. No exílio, um grupo informal de sírios procura, secretamente, criminosos de guerra ao serviço de Bashar al-Assad para os entregar à justiça.

Ao contrário dos espiões que habitualmente encontramos nos filmes de Hollywood, estes são agentes informais, não treinados, profundamente envolvidos emocionalmente, e que, durante a sua investigação, enfrentam uma instabilidade psíquica constante, fruto dos traumas da guerra. Assim é Hamid, interpretado por Adam Bessa, que persegue incessantemente o seu carrasco, cuja cara não conhece. Trata-se de um drama psicológico profundamente emotivo, em que os elementos de thriller, embora presentes, são naturalmente secundarizados. Estreado em Cannes, é uma incursão surpreendente de Jonathan Millet, cujo filme anterior havia sido filmado no Peru. De Jonathan Millet, com Adam Bessa, Tawfeek Barhom, Julia Franz Richter, Hala Rajab > 104 min

Em termos de design, as diferenças face à geração anterior são subtis, e sendo estes uns auscultadores topo de gama, seria de esperar uma construção premium — mas os XM6 ficam aquém nesse aspeto. O plástico domina praticamente todos os componentes. Apesar de parecer robusto e durável, não transmite a sensação de luxo associada a um produto deste segmento. Por outro lado, essa escolha contribui para um peso reduzido, o que torna os XM6 leves e confortáveis, mesmo em sessões de utilização prolongada. O design mantém-se praticamente inalterado face à geração anterior, e a Sony poderia ter aproveitado esta atualização para introduzir melhorias.

As almofadas, tanto no aro como nas orelhas, mereciam ser mais volumosas, o que aumentaria o conforto geral. Já o ajuste do tamanho das hastes revela-se pouco fluido, e com os auscultadores na cabeça, torna-se difícil acertar com precisão o encaixe ideal. O estojo de transporte também merece destaque: é compacto e fácil de levar para qualquer local. Ao contrário do modelo anterior, que utilizava um fecho tradicional, esta nova versão aposta numa banda magnética que torna o processo de abertura e fecho mais rápido e prático.

Veja imagens abaixo:

O melhor cancelamento de ruído do mercado

Quando falamos em supressão de ruído, área em que o modelo XM5 já se destacava como o melhor do mercado, estes auscultadores continuam simplesmente imbatíveis. É impressionante o nível de isolamento de ruído (ANC) que conseguem oferecer. Mesmo sem qualquer som a tocar, a redução do ruído ambiente já é notável, graças ao design envolvente e ao excelente encaixe nas orelhas.

Mas é ao colocarmos música, mesmo em volume moderado, que percebemos verdadeiramente o que temos em mãos… ou melhor, nos ouvidos. Em ambientes ruidosos, como junto a estradas com tráfego intenso, em zonas com centenas de pessoas ou em transportes públicos como o metro e o autocarro, estes auscultadores garantem sempre uma experiência imersiva, com o ruído exterior praticamente eliminado. Esse sucesso deve-se, em grande parte, ao novo processador HD QN3, que eleva a tecnologia de ANC a um novo patamar. Estamos, sem dúvida, perante a ‘nata da nata’.

Gravos muito potentes

Se o cancelamento de ruído já nos tinha convencido, que dizer então da qualidade sonora? Simplesmente excelente. Não há qualquer distorção, mesmo com o volume no máximo — a nitidez e clareza mantêm-se intactas. Os graves são profundos e impactantes, capazes de nos fazer perder totalmente a noção do que se passa à nossa volta. Sentimo-nos verdadeiramente envolvidos com cada nota. Já os agudos não ficam atrás: em faixas que exigem mais nessa gama, a definição é notável. Por fim, os médios oferecem uma separação clara entre instrumentos, com uma definição e qualidade que elevam a experiência. Estes auscultadores ‘prendem-nos’, completamente, ao som.

Outro fator de destaque nos XM6 é a qualidade das chamadas, algo que se deve em grande parte aos 12 microfones integrados. Mesmo em ambientes com ruído extremo, conseguimos manter uma conversa em que, do outro lado, nos ouvem com uma nitidez impressionante.

A aplicação Sound Connect também acrescenta valor, permitindo uma personalização ajustada às preferências e ao estilo de utilização de cada utilizador. Podemos, por exemplo, usar o equalizador manual para reforçar os graves ou os agudos, ou optar por perfis de som predefinidos. Ao ativar o Adaptive Sound Control, os auscultadores detetam automaticamente o ruído ambiente e ajustam o nível de cancelamento de forma inteligente.

Além disso, é possível estar ligado a dois dispositivos em simultâneo, algo particularmente útil no dia a dia. Do lado direito dos auscultadores encontramos ainda um sensor tátil que permite pausar ou trocar de música, ajustar o volume e controlar outras funções. Para aumentar o volume, basta deslizar o dedo para cima e manter; para diminuir, o gesto é o mesmo mas em direção descendente.

Autonomia e preço

A Sony promete uma autonomia de cerca de 40 horas sem cancelamento de ruído ativo (ANC) e 30 horas com ANC ligado — valores que conseguimos confirmar na nossa experiência, embora não representem um avanço face à geração anterior. Ainda assim, são números bastante sólidos, que permitem uma utilização intensiva durante vários dias sem preocupações com o carregamento.

A marca afirma também que, com apenas três minutos de carregamento, é possível recuperar até três horas de autonomia. No entanto, na prática, esse valor parece otimista: conseguimos, no máximo, cerca de uma hora de utilização com esse tempo de carregamento. Por fim, o preço é elevado e é natural que nem todos estejam dispostos a investir tanto em auscultadores. No entanto, estes são, na nossa opinião, os melhores auscultadores atualmente disponíveis no mercado e passam a ser a nossa nova referência neste segmento. Para quem aprecia música e exige qualidade, esta é, sem dúvida, a escolha mais acertada.

Tome Nota
Sony WH-1000XM6 – €470
Site: sony.pt

Cancel. de ruído Excelente
Autonomia Muito Bom
Construção Bom
Som Excelente

Características Dynamic Titanium Driver 30 mm ○ 12 microfones ○ Frequências: 4 Hz – 40,000 Hz ○ Earsense, Áudio Espacial ○ Autonomia: até 40 horas (30h c/ ANC) ○ USB-C, Bluetooh 5.3 ○ Codecs: AAC, SBC, LDAC, LC3 ○ Alcance: aprox. 10m ○ Peso: 254 g

Desempenho: 5
Características: 5
Qualidade/preço: 3,5

Global: 4,5