A entrada das forças terrestres israelitas no Líbano faz parte do plano para destruir as forças do Hezbollah no sul e criar uma zona tampão com alguma profundidade que torne mais difícil qualquer investida do grupo terrorista. A invasão será teoricamente limitada, mas apenas as condições no terreno ditarão o tempo e a extensão geográfica.
Mesmo decapitado, o Hezbollah mantém capacidades militares que só poderão ser destruídas no combate terrestre, e Telavive também tem em conta a resposta de Teerão. Há desorganização e medo no grupo terrorista, assim como na capital que o apoia, Teerão, considerando que Israel conhece, com total precisão, a localização em tempo real da cadeia hierárquica do grupo terrorista e do mandante.
Até ao momento, a tática de Israel tem sido destruir o comando e controlo do Hezbollah, bem como a sua liderança política e militar, tarefa que tem sido executada milimetricamente. Ao ponto de obrigar os mais altos dirigentes iranianos a refugiarem-se em bunkers e locais mais seguros, como se isso já não fosse do conhecimento de Israel.
A batalha final, a única que salvaguardará a existência de Israel como Estado, será com o Irão, o verdadeiro poder maléfico na região. Não é só Israel que aspira a acabar com o regime teocrático iraniano, mas muitos outros países da região e potências globais não admitirão, nunca, que a capacidade nuclear do Irão, desenvolvida há décadas, possa transformar aquele país num santuário terrorista intocável. O Irão com uma arma nuclear seria o fim do mundo.
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