A narrativa do “está tudo em aberto” para as eleições do próximo domingo não tem nada de realidade no terreno. Estamos todos cheios de medo, cautelosos e pouco confiantes no que vemos e lemos?
Não parece difícil constatar que a direita vai ter mais votos do que o lado oposto. E claro que isso inclui todos os partidos representados na AR. Parece redundante acrescentar que a AD vencerá as eleições. Tem uma dinâmica de vitória imbatível, consegue motivar os eleitores e não se preocupa com os adversários.
O PS, por sua vez, parece conformado com a mudança. Já percebeu, com a subida dos outros partidos à esquerda, que o voto útil não cola no eleitorado. António Costa fez muito bem em lembrar o que foi feito nos últimos 9 anos, mas o que faltou fazer deixa Pedro Nuno Santos atrapalhado. Não tiveram tempo? Não estiveram 22 anos no poder, salvo as interrupções de Durão, Santana e Passos (6 anos)?
Quem perde e quem ganha eleições não é um jogo aleatório com infinitésimas probabilidades. Quem vai perder é o PS, que tinha uma maioria absoluta. Isso está absolutamente garantido. E o rasto de insatisfação em todos os setores é o sinal inequívoco de que vai ocorrer uma mudança. Há quatro meses que sabemos disso.
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