Esta ordem não é aleatória nem alfabética. Será, tudo indica, a que resultará das eleições do dia 10 de Março:
1. Luís Montenegro: Tem tudo para ganhar as eleições e ser o próximo primeiro-ministro. Sem antecipar cenários, não esperava eleições, muito menos a queda de uma maioria absoluta. Cedo percebeu que era a sua vez. Tem a dinâmica de vitória que o levará a PM: ambição, mudança e esperança. Não pode falhar. Está fora de hipótese. O centro-direita não lhe perdoaria, e com razão.
2. Pedro Nuno Santos: Fez-se líder. Com espanto viu o Governo do seu partido a ruir, com a sua ajuda, mas impôs-se num curto espaço de tempo. Enfrenta um trilema: não pode sufocar os seus parceiros de esquerda, mas também não lhes pode dar demasiada corda. E muito do que disser que irá fazer chocará com o que não foi feito nos últimos anos, pelo seu partido. É um embaraço difícil de desenrascar.
3. André Ventura: Vai ser um dos heróis da noite eleitoral. Só pode. É ágil, tem resposta para qualquer questão política ou eleitoral e, quando se foca num adversário, torna-se um tubarão implacável. Sonha ser decisivo na formação de um Governo da AD, mas essa passagem ao ato tem que se lhe diga. Por muito que suba, e subirá, corre o risco de voar sozinho. Uma coisa sabe André Ventura, e não é mentira: um dia estará no Governo. Resta saber em qual legislatura.
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