Ou não há mais nada para dizer, ou fazer, ou esta tentativa de confusão com a escolha de Pedro Adão e Silva para Comissário Executivo das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril não passa de uma imensa idiotice política dos partidos que a contestam. Qual é o problema? Não há nenhum, obviamente, e não havendo concentram-se nos colaterais, nas questões de intendência, para tentar alimentar um escândalo que não existe.
Pedro Adão e Silva é um excelente comentador, nunca escondeu o seu posicionamento político, jamais fingiu ser um homem sem ideais, e muitas vezes, muitas mesmo, manifestou abertamente a sua total discordância com medidas ou governantes socialistas. Pedro Adão e Silva nunca foi, e nunca será, um “falso” isento com um pensamento político às segundas e quartas, e o seu contrário nos restantes dias. É, acima de tudo, um comentador equilibrado, justo, e com uma capacidade analítica invulgar.
Vai ser, por escolha do Governo, e com o aval do Presidente da República, o Comissário dos 50 anos do 25 de Abril. Ótimo. Ainda bem. E nasceu em 1974. Tem a idade da revolução. Académico, professor auxiliar de ciência política, autor de diversos livros e trabalhos, em géneros muito distintos, é o perfil correto para dar força a essas comemorações, que serão presididas pelo general Ramalho Eanes.
E na falta de razão política, ou de matérias ponderosas para contestar esta nomeação, os «irritados» avançam com as velhas e estafadas panelas de cozinha. Que vai ganhar muito, que terá inúmeras mordomias, que é um pagamento por dizer bem do Governo. Que tristeza. Em tudo o que faz, Pedro Adão e Silva é muito bom, e também será nesta tarefa. Deixem-no trabalhar.