Quem nunca fez uma birra que se acuse!
Eu fiz. Na verdade, ainda faço. António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa também.
Às minhas birras, pouco ligam. Já as deles… Começam a parecer uma mistura de jogo de futebol com luta livre, mas que não chega a ser rugby.
No campo, os dois capitães apresentam-se cada um com a sua bola, mesmo sabendo que só uma será a “bola oficial” da partida. Por isso, e antes do início do jogo, que não tem árbitro, os dois jogadores começam a medir forças no desespero de convencer os restantes jogadores sobre a qualidade da sua técnica. Orgulhosos das suas bolas, e num esgrimir de argumentos, nem olham para o relógio que avança ao ritmo habitual.
A partida não arranca. Apenas se vê como que uma luta de galos no terreno de jogo.
Um relvado que começa a parecer um dojo e onde os capitães assumem postura de lutadores de wrestling.
Nas bancadas, o público, que pagou bilhete, nem força tem para assobiar e assiste ao passar do tempo, ao avançar dos minutos, das horas, dos dias e dos anos, e sente que a vida está a “andar para trás”. Desiste. E, começa a rumar à monotonia dos dias, sem a alegria de ver campeão o seu país – perdão! – clube.
No ringue, os capitães Costa e Rebelo de Sousa assumem cada vez mais a postura de lutadores de sumo, que durante anos treinaram de maneira árdua, a força, o equilíbrio e a agilidade, e efetuam movimentos ritmados para afugentar os maus espíritos do círculo, e empurrar ou mesmo derrubar o adversário para fora do dojo.
Estão tão absortos nos seus movimentos ritmados que nem percebem que já não têm público, que o jogo há muito terminou e que o campeonato está perdido.
São birras, senhores. São birras! Birras que custam caro. O bilhete para esta partida estava nos 279,3 mil milhões de euros (valor da dívida pública, de acordo com o Banco de Portugal).
Até quando estará a testosterona de Costa e Rebelo de Sousa em alta?
Eu também media pilinhas, quando era pequeno.
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