Com base nos vestígios arqueológicos que chegaram até nós, calcula-se que os primeiros Homo sapiens – uma espécie animal de primatas com um cérebro capaz de criar linguagem, raciocínio abstrato e de resolver problemas complexos – apareceram na Terra há cerca de 300 mil anos. De então para cá, nesse espaço de tempo, que não passa de um instante fugaz na vida de um planeta formado há 4,5 mil milhões de anos, a nossa espécie conseguiu multiplicar-se e espalhar-se por todos os continentes, tornando-se a força dominante. O seu imenso poder foi resultado de uma única característica que a distingue dos outros animais: a sua inteligência. A sabedoria a que se refere o Sapiens latino.
Graças a essa mesma inteligência, atualmente sabemos tudo o que precisamos de saber sobre as nossas hipóteses de sobrevivência na Terra. Sabemos também quase tudo sobre o impacto que tivemos nas outras espécies existentes no planeta – e nas muitas que ajudámos a extinguir. É hoje absolutamente consensual que as alterações climáticas são fruto do aquecimento global provocado pela industrialização à base de combustíveis fósseis. Temos igualmente todos os cenários possíveis do que nos pode acontecer, caso a temperatura média global suba mais um par de graus nas próximas décadas. Já fomos informados, em cada cenário, de quais serão as consequências, não só para o nosso modo de vida mas também para os perigos que podem existir para o nosso organismo.