O mundo está a ficar mais perigoso e os sinais de risco são evidentes, alguns deles até gritantes: guerras que ameaçam alastrar, democracia em perigo na maior parte dos países, ameaça climática a ultrapassar as (piores) previsões dos cientistas e um ambiente generalizado de crispação e polarização capaz de, num instante, transformar qualquer querela ou diferença de opinião numa batalha em que nenhum lado aceita fazer prisioneiros – mas onde acabamos todos por ser vítimas.
A poucas semanas daquelas que poderão ser as mais importantes eleições de sempre para o Parlamento Europeu, são também cada vez mais sonoros os alarmes que vão ecoando pelo chamado Velho Continente. Num discurso na Sorbonne, o Presidente francês Emmanuel Macron alertou para o facto de “a Europa poder morrer”, caso não consiga resistir às ameaças que enfrenta: de defesa e de segurança, de perda de competitividade económica e, perante a soma de todas elas, de coesão interna. Em especial, quando ganham força os movimentos populistas que querem destruir os valores europeus, através da tomada de posições de força no interior das suas instituições.