Já se perguntou porque milhões de pessoas escolhem companheiros que não têm capacidade de as amar e valorizar, vivem relações vazias e frustrantes e se sentem sozinhas e carentes?
Será que devemos mesmo conformar-nos com isso, ou pelo contrário, nunca o devemos aceitar?
Respondendo à primeira questão penso que a principal razão, entre muitas variantes, se prende diretamente com a “ideia” que temos do que é o Amor e com a capacidade de formular talvez uma das perguntas mais importantes da nossa vida, que é esta:
ISTO É AMOR?
O grande paradoxo é que mesmo estando a experienciar relações caóticas do ponto de vista emocional, psicológico e afetivo, muitos seres humanos continuam a pensar, a sentir e a agir como se estivessem a viver a mais bela história de Amor pela qual têm de lutar com todas as suas forças, como se tivessem a perder o último homem ou mulher do planeta com quem pudessem ter uma relação amorosa, à semelhança da “última coca-cola do deserto”.
E porque é que isto acontece? Porque o fazem? Porque o consentem? Porque persistem nessa luta tão desgastante quanto inglória e tão pouco dignificante?
Creio que a razão que melhor o explica é que maioria tem um conceito (crença!) completamente distorcido do que significa a palavra AMOR, e consequentemente apresentam uma dificuldade muito grande em conversar consigo próprias e em perguntarem-se: “Mas será que ISTO É AMOR?”, o que aliado às experiências amorosas menos bem-sucedidas ou mesmo traumáticas,as leva a viver “mais do mesmo” vez após vez.
Pense comigo: se numa conversa entre amigos lhe perguntarem se conhece uma determinada pessoa ou País e, nunca os conheceu, como vai saber descrevê-los se não conhece nem a pessoa nem o País? Difícil, verdade? Mas não impossível! Pode tentar conhecer essa pessoa, viajar até esse País e, decidir conhecê-los. Superficial ou profundamente. E, então, já conseguirá pensar sobre eles, sentir emoções sobre eles e decidir se quer continuar a conhecê-los.
Com o Amor, passa-se o mesmo!
Pode ter sucedido quando chegou a esta grande bola chamada “mundo” ter-se desencontrado do Amor, não lhe terem dado esse Amor que todos os seres humanos precisam e merecem receber… e terem-no feito sentir que o dinheiro ou o trabalho, ou qualquer outra coisa era mais importante…pode até acontecer ter dentro do coração um Amor que nunca foi visto e andar aos “ziguezagues” pela vida a fugir dele com medo de o perder e de o abandonarem… pode até dizer e tentar acreditar todos os dias que isso não existe…mas é sempre tempo de parar, olhar para dentro do seu coração e perguntar-se: ISTO É AMOR?
Porque se foge não se permite amar, não deixa que os outros o amem e está a perder a cada milésimo de segundo da sua vida, a maior experiência que veio viver a este planeta: Dar e sentir Amor!
Aceite apenas um Amor que o faz sentir bem! Não uma qualquer coisa que o deixa a vaguear “pela rua da amargura”; Um Amor que o faça sentir ainda maior, ainda mais em paz, ainda mais forte, ainda mais alegre, ainda mais confiante, ainda mais determinado, ainda mais decidido, ainda melhor Ser humano… Um Amor que o transforma numa pessoa ainda mais interessante e que potencia todas as suas capacidades, recursos, talentos, aptidões…um Amor que o faz superar-se, sonhar mais alto e crescer em Amor, por si e pelos outros.
ISTO É AMOR! Tudo o resto não é Amor, é mentira sobre o que é o Amor!
Se está a viver uma relação que não é nada disto, então lamento dizer-lhe, mas não está a viver o Amor, está a viver algo diferente que não lhe faz bem e é tóxico. Pode dar-lhe o nome que quiser, mas antes, pegue numa folha de papel e numa caneta e escreva tudo sobre o que pensa ser o Amor e uma relação de Amor. Depois compare aquilo que está a viver, com aquilo que quer viver e sabe merecer.
E se o seu conceito de Amor lhe parecer “pequenino” saiba que é sempre tempo de o fazer evoluir, crescer, “alargar” e tornar maior.
Muitas pessoas enquanto crianças experienciaram um conceito de Amor deturpado, distorcido ou mesmo ausente, ou viveram aquilo a que chamamos de “desamor”, o que pode ter como consequência aceitarem todo o tipo de idiotas na sua vida e resignarem-se com essa mesma realidade. Aceitam e vivem relações onde predomina o desrespeito, a desconfiança, a violência e a agressão, porque na sua mente aquilo também é Amor. Mas, desengane-se, não é, nunca foi e nunca será. Trata-se apenas de relações destrutivas em que um ou ambos sabotam e autossabotam o seu bem-estar psicológico, emocional e físico, na expressão e projeção das mais variadas e profundas marcas provocadas pela ausência de Amor enquanto bebés, na primeira infância, na adolescência, na adulticia… muitas destas pessoas padecem de variados transtornos de personalidade, como sendo o narcisismo, a sociopatia, a psicopatia, a ansiedade generalizada, a obsessividade…
Quem o trai, lhe mente, o desrespeita, humilha e ameaça repetidamente não é apenas um idiota. Desengane-se! É um doente mental que precisa de ser acompanhado e tratado.
Existe a tendência de a sociedade desculpabilizar e relativizar este tipo de comportamentos e das vítimas acreditarem em milagres de cura, mesmo estando a conviver com sociopatas e narcisistas, para já não falar de psicopatas.
A imagem que tem do que é o Amor na sua cabeça determina as pessoas que escolhe e as relações que terá, hoje, amanhã e sempre. A forma como se ama e se respeita influenciam igualmente a decisão de deixar entrar na sua vida pessoas interessantes, idiotas ou doentes mentais.
E por favor, não aceite o papel de psiquiatra do seu companheiro. Não vai reconhecer, muito menos agradecer.
Numa só frase: A pessoa que está agora ao seu lado e a relação que tem, apenas refletem a visão que tem do que é o Amor e como se vê a si! Nada mais!
Trata-o como se não existisse, magoa-o, mente-lhe, inferioriza-o? Vai continuar a ser assim, até se fazer a pergunta “Isto é Amor?”, descobrir que não é, perguntar-se porque o aceita e escolheu, e decidir que quer mudar a sua crença distorcida sobre o amor, acabar com a ilusão de que o ama e de que ele o ama e escolher sentir mais Amor próprio.
É possível mudar a sua visão acerca do que é o Amor e repensar que companheiro e relação quer? Quem o impede? Só você!
É possível não cair no mesmo padrão e deixar de atrair idiotas que lhe sugam a sua paz e energia em nome de um Amor inexistente? Sim, basta você querer. Querer que seja diferente! E amar-se mais a si do que a esses idiotas.
É possível descobrir as muitas mais razões que fazem com que deixe entrar idiotas na sua vida? Claro que sim, desde que esteja recetivo a isso e para si faça sentido.
É possível durante os primeiros encontros descobrir mais rapidamente se aquela pessoa tem uma visão saudável do que é o amor e uma relação e despistar idiotas? Sim, se souber colocar as questões adequadas. No meu novo livro “Isto é Amor?” encontrará 40 perguntas especialmente formuladas para descobrir se vale ou não a pena “apostar” nessa pessoa e relação.
É possível encontrar pessoas que têm um conceito de Amor tão grandioso quanto maravilhoso e um coração repleto de amor para lhe dar? Pessoas que talvez ao dar os primeiros passos nesta vida não tenham tido a alegria de conhecer o verdadeiro sentido da palavra Amor mas que ao “caminhar”, decidiram querer conhecê-lo, fizeram um esforço gigantesco para deixar de se identificar com um Amor plastificado, viciado e adulterado, empobrecido e em forma de migalhas, perguntando-se, vez após vez: “Isto é Amor?”…aprendendo a amar-se e a respeitar-se mais e mais e mais…e que depois de percorrerem desertos afetivos e emocionais, finalmente encontraram o Amor, o verdadeiro Amor, por si, pelo outro, pela presente que é a vida. Um Amor que nunca acaba… Sim, é possível!
Claro, é bem mais fácil viver em negação, continuar a viver a vida baseado em interesses, “anestesias” e “balões de oxigénio”, sejam eles quais forem… Mas no final da vida, o que lhe restará? O que recordará?
À sua vida chegará aquilo que os seus pensamentos, emoções decisões e ações refletirem! Idiotas ou pessoas naturalmente amorosas, empáticas e emocionalmente inteligentes.
Viver um Amor Maior é possível e está apenas à distância de um só pensamento… SEU!
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.