Impressionante a forma madura e sólida como todos os elementos da equipa estão dentro de campo… A confiança no ataque, a solidez na defesa e, também, a forma eficaz como reagem aos erros que, naturalmente e num jogo destes, por vezes cometem.
Foi também, e do ponto de vista de estratégia de preparação desta Campanha, um jogo que roça a perfeição. Uma exibição que deixou confiança em cada um dos seus jogadores, permitiu dar minutos de jogo a muitos jogadores, deu hipótese de descansar jogadores importantes da equipa.
Luís Pissarra e Mirra quase de certeza absoluta que não podiam ter desejado melhor começo.
Até tivemos minutos de alguma pressão e stress que permitiram à equipa sentir e perceber como reagir a esses momentos. E fê-lo sempre com qualidade! Exemplo claro disso ocorreu na fase final do encontro onde, após algumas mudanças na equipa e de esta ter perdido alguma concentração, a nossa seleção foi capaz de ir buscar novamente o ritmo e culminar o jogo com dois belíssimos ensaios!
Inevitavelmente, esta seleção criou na nossa alma e coração enormes expetativas relativamente à campanha neste Mundial.
Mas como não gosto de traçar metas que não estão totalmente dependentes da nossa competência e atuação, limito-me a acreditar que, se mantivermos esta qualidade, podemos conseguir algo de extraordinário para o nosso rugby.
Por cá, vamos todos (e cada vez mais pois, tenho a certeza, depois do jogo contra Hong Kong os miúdos atraíram os mais distraídos para este Mundial) estar a apoiar e a torcer…
O próximo desafio é contra o Canadá… jogo muito difícil mas possível de vencer! Que Deus e nossa Senhora estejam com estes miúdos….
Apenas uma nota final virada para o futuro: com uma terceira geração sub20 a fornecer, consecutivamente, jogadores com esta qualidade ao nosso rugby; com a chegada de um treinador francês de enorme renome (Lagisquet poderá ser uma mais valia na motivação e captação dos nossos luso-franceses para jogarem na seleção); com uma comunidade emigrante cheia de vontade de apoiar os Lobos; com os astros a alinharem-se; se, de uma vez por todas, os principais agentes do nosso rugby conseguirem esquecer guerras passadas e unirem-se em torno deste grupo (já alargado) de jogadores, 2023 é uma realidade possível!!
Eu andei no grupo que chegou a 2007…. Foi um grupo fantástico e com qualidades muito acima da média. Tenho poucas dúvidas que, tudo conjugado e alinhado, este grupo não seja capaz de superar as conquistas do Grupo de 2007! Assim todos rememos para o mesmo lado…..