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No passado dia 6 de Abril, sábado, em Taveiro – Coimbra, num estádio que tantas alegrias já deu ao rugby nacional (Foi lá que, em Séniores, nos tornámos Campeões Europeus de Séniores, uma vitória que marcava a base do caminho inesquecível para o Mundial de 2007), Portugal sagrou-se tri-campeão europeu de sub 20. Para trás ficaram seleções como Roménia, Rússia, Holanda e a eterna rival Espanha….
Para o futuro fica o registo de 3 gerações espetaculares de jogadores que, criados nos clubes, muito podem contribuir para mais uma fase muito positiva do nosso rugby. Saiba a nova direção do Eng. Amado da Silva* criar as condições e ter o engenho para motivar os mesmos a manterem-se no ativo por um período considerável, compatibilizando carreiras profissionais e pessoais.
Em comum aos 3 campeonatos, as equipas lideradas por Luis Pissarra (já tinha uma marca na história no rugby nacional enquanto jogador e um dos líderes dos Lobos de 2007 e agora fica na história como o treinador que conquistou o Europeu por 3 vezes!) apresentaram sempre uma maturidade fora do comum para jogadores destas idades, assim como uma capacidade de luta impressionante.
Em especial, este campeonato teve a forma como o grupo conseguiu unir-se e fortalecer perante as várias adversidades que o precederam:
1 – Storti e Rodrigo Marta, dois jogadores fora de série, por opção estratégica da FPR, foram chamados à Seleção de 7´s, ficando impedidos de contribuir para este feito;
2 – Manel Nunes e José Roque (capitão), ficaram impedidos de jogar o primeiro jogo devido ao facto de terem disputado a final da Primeira Divisão em vésperas de início do Campeonato da Europa;
3 – Já no decorrer do europeu, Cabral, um jogador que ia dar profundidade aos ¾ e minimizar as ausências de Storti e Rodrigo, lesionou-se no primeiro jogo….
Foi, pois, com estas contrariedades que Portugal preparou e entrou no jogo contra a Espanha…. Espanha que tinha destruído os seus adversários anteriores, vencendo com ponto bónus ambos os jogos e que, assim, entrava como clara favorita à vitória. Favoritismos este que parecia comprovado logo com um ensaio na primeira bola de jogo… Mas foi sol de pouca dura e, a partir desse ensaio Portugal, tomou conta do jogo, dominando e controlando o jogo.
E se, na verdade, cometemos alguns erros (que na minha opinião complicaram a vitória), o certo é que o foco na vitória esteve sempre presente e, nos momentos cruciais, fomos certeiros.
Felix (impressionante o que este jogador evoluiu nesta época – está um grande jogador), marcou no momento certo; Jerónimo Portela não falhou a conversão que nos colocava na frente; e a equipa soube defender até ao último momento… E até aqui foram cirúrgicos, conseguindo uma recuperação de bola quando os espanhóis, na derradeira bola de jogo, estavam a pouco mais de 5 metros da linha de ensaio…
Recuperação de bola que confirmava o tri-campeonato europeu de uma equipa que, mostrando menos brilhantismo que as duas anteriores, mostrou inteligência e maturidade acima da média!
Manel Pinto, Manel Nunes, Roque e Jerónimo Portela foram líderes incansáveis. Zé da Câmara foi um leão e fez esquecer (na defesa) Storti e Marta. Afra Rosa cresceu enormemente neste europeu e foi um elemento importante na quebra da linha defensiva adversária. Um grande portador de bola. Lamboglia fez uma final de luxo e deu uma boa resposta a quem duvidava da sua capacidade de combate e de jogar em pressão. Simão Bento é um prodígio… Com Lucas, Salgado, o seu irmão Rodrigo e Maia (e ainda o ausente Storti) formam uma armada impressionante do Clube de Rugby do técnico… E por fim tivemos um 5 da frente que mais parecia uma equipa argentina. Primeiras linhas de luxo e segundas linhas como se querem (Sebastião Silva é daqueles que vamos com ele para qualquer batalha!!). Dominaram as situações estáticas e controlaram períodos dos jogos que foram decisivos.
Parabéns CAMPEÕES!!!
*Nota Final: Amado da Silva foi eleito o novo Presidente da FPR. Numa eleição muito concorrida, confia-se que será uma oportunidade para mostrarmos a todos (inclusive a muitos que estão dentro do nosso rugby) que o rugby português está sólido e tem todas as bases para singrar! Estas gerações merecem-no. Que todos sigam os exemplos dos dois candidatos (Amado da Silva e Lourenço Fernandes Thomaz) que, apesar das naturais divergências e opiniões e ideias sobre o rugby português, levaram a cabo um processo eleitoral exemplar, tendo sido os primeiros a disponibilizarem-se para ajudar e contribuir para o sucesso da candidatura vencedora. Congregando-se as mais-valias da cada elemento, tal como esta seleção sub20 foi capaz, as vitórias são muito mais prováveis… mesmo perante algumas adversidades.
Pelo rugby português devemos esse compromisso!
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