O presente artigo serve para felicitar o CDUL, equipa que soube construir o seu caminho e, passo a passo (incluindo no jogo final onde partiu em grande desvantagem), e estar na sua máxima força nos momentos em que foi realmente necessário.
Foi uma brilhante conquista a do presente Campeonato e, acima de tudo, uma enorme aprendizagem para o clube azul que, parece-me, viveu uma época de uma forma distinta em relação à forma como costuma encarar as suas épocas desportivas.
E, por esta razão, este título de Campeão nacional tenha um gosto especial para todos aqueles que, de uma maneira ou de outra, fizeram parte desse caminho.
Apesar de pertencer à família do GD Direito, é com satisfação que analiso a vitória do CDUL pois, na verdade, parece-me que essa vitória assenta em muitos princípios que defendo não só no desporto como na vida.
O percurso do CDUL não foi, ao longo desta época, perfeito. Longe disso. Perderam jogos inacreditáveis ao longo da fase de qualificação, assistiram a querelas internas, passaram por períodos de críticas relevantes, etc…
Mas não tendo sido perfeito do ponto de vista dos sinais externos, do ponto de vista interno, o CDUL foi, na minha opinião perfeito…
Soube ir ultrapassando todas estas questões de uma forma humilde e solidária. (Re)Apareceram alguns elementos mais antigos da equipa e que se revelaram essenciais. Gonçalo Foro é o exemplo máximo disto, sendo que 2017 será, sem dúvida, uma das melhores épocas do internacional português. Tiago Girão, dentro da sua disponibilidade, foi sem dúvida um elemento decisivo… O jogão que fez nas meias finais contra o GD Direito é prova disso.
Os rivais deram os universitários como “mortos”… Quase que deixaram de contar com eles na luta pelo título…
Com “cães de fila” como Vilax, o naturalizado Geordie Mscullea (desejamos-lhe boa estreia pela seleção nacional) e o talento de jogadores como Appleton e Abecassis, o CDUL mostrou-se uma equipa capaz de ultrapassar os obstáculos que, ainda há pouco tempo, pareciam intransponíveis.
Venceu o GDD em Monsanto (na meia final) e bateu uma super-Agronomia na Final. E fê-lo com uma enorme capacidade de sofrimento, de luta e coragem.
Mas de tudo o que escrevi, penso que o ponto alto da época do CDUL é ter tido como “Homem de jogo da Final” um miúdo extraordinário dentro e fora de campo. Um jogador que prova, por A mais B, que o caracter supera todas as virtudes ou lacunas físicas.
Não o conhecendo pessoalmente, é notório a veracidade dos elogios que acabo de tecer a Jorge Abecassis. Um jogador que passa o jogo sem fazer uma provocação ao adversário, sem se vangloriar das suas boas (e são tantas) ações ao longo do jogo… Um jogador em que a inteligência é de tal ordem que consegue retirar o máximo rendimento das ações em que intervém em campo.
O seu último ensaio da época é a evidência disto!
Quem genuína e verdadeiramente apostaria que ele ganharia aquelo duelo individual na derradeira jogada da Final que levante a mão…
Portugal precisa de mais Jorge Abecassis. A sua geração (campeã europeia) a tudo leva a crer que teremos.
Tudo exposto, e certo que o meu GDD está já a preparar-se e motivar-se para a época 2016/2017. Este ano, os genuínos parabéns vão para o CDUL…
Nota Final: entre final do campeonato e final da taça, no dia 20 de Maio, Portugal jogará o jogo da época… É contra a Bélgica que, sabendo da importância deste jogo, teve uma federação capaz de mudar calendários e organizar tudo para que, no dia 20, a sua seleção estivesse na máxima força. Por cá e sem atribuir culpados (porque na verdade não percebi a razão), ninguém teve a capacidade de perceber a importância dessa reorganização de campeonato. Não percebeu a importância ou não teve a capacidade de alterar… Seja como for, é um importante trabalho que fica por fazer. Acreditemos na nossa capacidade de ultrapassar contrariedades……