O procurador do Tribunal Penal Internacional perdeu a cabeça ao equiparar o chefe militar do Hamas ao primeiro-ministro de Israel. Não interessa quem são eles, se é este ou aquele, o que importa é que o TPI cometeu um ato inadmissível que só o descredibiliza.
Não é uma decisão dos juízes, é o pedido do procurador, mas a equivalência moral entre um chefe de Governo de uma democracia e o chefe de um grupo terrorista é inconcebível para todos os Estados que reconhecem o TPI. De repente, Netanyahu até tem razão: não há equivalência entre Hitler e Churchill, ou entre George Bush e Osama Bin Laden.
Um grupo de terroristas que tem como objetivo destruir o Estado de Israel, e aniquilar todos os judeus, não pode ser comparado, nem sequer nomeado, ou colocado ao mesmo nível de legitimidade moral e ética de um PM escolhido livremente pelos seus cidadãos, num país que obedece às leis e aos poderes institucionais e às regras do Direito Internacional. A democracia não se confunde com o terrorismo. Os juízes que reponham os valores morais do TPI.
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