As impressões do primeiro debate televisivo para as europeias deixam apenas uma leve marca. A Europa foi central, mesmo quando se tentava puxar para a política nacional. A ordem que se segue não é aleatória:
Francisco Paupério, em nome do Livre, superou as expetativas. Sabia do que falava, estava bem preparado. Tem ideias fixas sobre o futuro da Europa, e não foi para perder. Ganhar não ganhou, mas elevou a fasquia para os próximos embates. É da ala jovem e com futuro.
Sebastião Bugalho está no seu meio. Diz o que pensa, corrige o que não acha bem, e é incisivo no debate. Ainda tem um pouco de comentador, mas isso passa com o tempo. Não está ali para perder, ou deixar que lhe fuja uma vitória. Tem os mesmos 28 anos de Paupério. Vai longe.
Cotrim de Figueiredo esteve em modo português suave. Percebe-se que é muito experimentado, mas não mostrou a melhor das suas qualidades e capacidades para arrumar os adversários. É bom, mas quando quer. E no primeiro debate não quis. Esteve apagado. Sem chama.
Marta Temido fez tudo para largar as europeias e entrar na política nacional, e a frase mais demagógica pertence-lhe, quando se falou do pilar europeu da Defesa – «comprar armas e não fazer habitações?» É visivelmente combativa e quer que se faça um referendo ao Governo no dia 9 de Junho. Não cativou, por agora.
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