Coimbra, 23 set (Lusa) — Investigadores da Universidade de Coimbra (UC) conceberam um biossensor que deteta o nível de cromato — “ião altamente tóxico do crómio hexavalente” — na água ou no solo em “apenas três horas”, anunciou hoje a instituição.
A nova “bioferramenta, com aplicação na resolução de problemas de contaminação por metais pesados”, baseia-se em “células modificadas por processos de engenharia genética, extraídas de bactérias capazes de sobreviverem em ambientes extremos”, adianta a UC.
Depois de isolarem “as bactérias de interesse” (a partir de “um vasto conjunto de organismos microbianos recolhidos em locais contaminados”) e de estudarem os seus mecanismos, os investigadores identificaram o “gene envolvido na resistência ao cromato”, a partir do qual conceberam o biossensor, “modificando células existentes e fabricando novas” células, explicitaram Paula Morais e Rita Branco, coordenadoras da investigação.