Pequim, 05 mai (Lusa) -O até agora conhecido como um dos destacados dissidentes dos protestos estudantis da praça de Tiananmen em 1989, Fang Lizhi, negou, numa biografia póstuma, ter tido um papel de destaque nas manifestações pró-democracia na China, que terminaram em massacre.
Fang Lizhi não foi a “mão negra” por detrás do movimento de junho de 1989, indica o próprio numa biografia póstuma recentemente publicada e invocada hoje pelo diário South China Morning Post, mais de um ano depois da sua morte nos Estados Unidos, aos 76 anos de idade.
Fang Lizhi e a mulher, Li Shuxian, refugiaram-se pouco depois da repressão militar das manifestações estudantis na praça de Tiananmen na embaixada norte-americana da capital chinesa durante 13 meses até se exilarem nos Estados Unidos. Já em território norte-americano, Fang Lizhi retomou o trabalho de professor de astrofísica na Universidade do Arizona, estado onde terminou os seus dias.