Em junho de 1982, a propósito da publicação das Poesias Completas, Fernando Assis Pacheco entrevistou Alexandre O’Neill, no JL n.º36. Recuperamos aqui esta conversa, em que o jornalista explica: “A entrevista fez-se com duas máquinas de escrever: o repórter do JL batia a pergunta, tirava a folha, estendia-a ao entrevistado, este batia a resposta, perguntava ‘está bem?’, o repórter respondia ‘está, claro’, e assim por diante. Para a ficha do poeta: 57 anos de idade, lisboeta, re-divorciado, dois filhos, uni matulão, Alexandre, outro pequeno, Afonso; trabalha na Lápis — Estudos Promocionais, Lda., à Travessa da Condessa do Rio; andou pela TV como ‘pivot’ de vários programas e jurado da infausta Prata da Casa, que deu mosquitos por cordas; é tão bom conversador como sovina nas respostas dactilografadas, o que se perceberá lendo a continuação; sempre `sofreu’ Portugal, e sempre se gastou à velocidade de um fósforo, e sempre foi vítima de nervosos miudinhos; tudo junto, (en)fartou-se e poisou o canastro na UTIC de Santa Maria, a reparar avarias cardíacas; recuperado, ri com os dentes todos”
Assis Pacheco entrevista Alexandre O’Neill

Em junho de 1982, a propósito da publicação das Poesias Completas, Fernando Assis Pacheco entrevistou Alexandre O’Neill, no JL n.º36. Reproduzimos aqui essas páginas
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