A compra de habitação própria tornou-se um dos principais problemas na vida dos portugueses. A elevada procura de casas, sobretudo nos grandes centros urbanos, e a escassez de oferta de novos fogos provocaram uma subida exponencial do preço do imobiliário residencial. Pela primeira vez, ao longo deste ano, o mercado começou a falar em arrefecimento dos preços. Estes não começaram a cair, mas mostraram claras tendências de desaceleração.
Segundo o relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o Índice de Preços da Habitação, divulgado na terça-feira, 26, a habitação estava 7,6% mais cara no terceiro trimestre deste ano, face ao mesmo período do ano passado. Mas nem tudo são más notícias: apesar de ser ainda muito elevado, este foi o crescimento mais baixo dos últimos dois anos. E, para confirmar o arrefecimento dos preços dos imóveis, o INE salienta que na variação entre o segundo e o terceiro trimestres o aumento ficou-se “apenas” pelos 1,8%.