Portugal soma e segue no imobiliário de luxo. Desta vez as novidades surgem no mais recente Prime International Residential Index, extraídos do The Wealth Report, o qual acompanha o desempenho dos imóveis da gama alta em 100 localizações-chave (incluindo cidades, destinos de sol e de ski). O índice coloca Algarve e o Porto no top 10 dos destinos residenciais de luxo no mundo em 2022, com a região algarvia a ocupar o sétimo lugar e a Invicta a aparecer pela primeira vez no ranking em décimo lugar à frente dos Hamptons, de Zurique ou de Cannes.
No mesmo ranking, Lisboa figura na 40.ª posição (mantém a mesma posição), equiparada a Florença, Madrid e Val dʼIsère, em França.
O Algarve consta ainda no top 5 dos destinos de sol mais procurados no ano passado, com a lista completa a apresentar-se da seguinte forma decrescente: Dubai, Miami, Algarve, Bahamas e Atenas.
Olhando ainda para os padrões de compra, Portugal é o destino europeu número 1 dos investidores norte-americanos, que, pela primeira vez, se encontra no top 5 dos investidores em Portugal.
Estes e outros dados foram revelados esta quarta-feira em Lisboa, na apresentação do The Wealth Report, um estudo anualmente concebido pela Knight Frank que reúne as mais importantes tendências e perspetivas do mercado imobiliário mundial. Esta iniciativa foi promovida pela Quintela + Penalva | Knight Frank, que desde 2021 é associada da imobiliária sediada em Londres.
Apesar de um contexto de inflação e de guerra no continente europeu, o mercado do imobiliário luxo cresceu em Lisboa, cidade que registou um aumento de 6% no que ao preço dos imóveis de luxo diz respeito. No Porto a subida foi maior, 12,7%, com a tendência a revelar-se ainda mais elevada no Algarve (15,5%) – exemplo disso são as propriedades de luxo disponíveis na Quinta do Lago, com um preço base estipulado nos 3,5M euros.
De acordo com o The Wealth Report, nas 25 cidades monitorizadas para o efeito, é esperado que, em média, os preços dos imóveis de luxo aumentem 2% em 2023, com o Dubai a liderar essa previsão (13,5%). Nesse sentido, o mercado de Lisboa (4%) regista um contínuo crescimento no que ao segmento de luxo diz respeito, sendo apenas precedida por Dubai e Miami – a capital portuguesa está equiparada a cidades como Dublin, Madrid e Paris, e surge à frente do Mónaco (3%) e de Nova Iorque (2%).
Tendo em conta os mercados residenciais mais caros do globo, o relatório mostra também que Lisboa surge à frente do Dubai, com um milhão de dólares a tornar possível a aquisição de 96 metros quadrados – já na cidade dos Emirados Árabes Unidos, o mesmo valor permite a compra de 105 metros quadrados. Madrid segue logo atrás, com 106 metros quadrados. Mónaco, Hong Kong, Saint Tropez, Nova Iorque e Singapura equiparada a Londres fazem o top 5 dos destinos mais caros tendo em conta o preço por metro quadrado.
O relatório The Wealth Report teve em conta dois inquéritos, a começar pelo HNW Pulse Survey,que teve em conta a perspetiva de 500 HNWI (High-net-worth individual, isto é, pessoas com um património líquido de 1 milhão de dólares ou mais, incluindo a sua residência principal) oriundos de 10 países e territórios diferentes, incluindo Austrália, China continental, França, Itália, Singapura, Espanha, Suíça, Reino Unido e EUA (foi realizado em janeiro de 2023). O segundo inquérito, The Attitudes Survey, teve em conta as respostas dadas em novembro de 2022 por mais de 500 banqueiros privados, consultores de património, intermediários e escritórios familiares que, entre eles, gerem mais de 2,5 biliões de dólares de património para clientes UHNWI.