Longe vão os tempos em que aos colaboradores bastava apenas um bom ordenado e condições básicas de trabalho. Hoje em dia, as empresas esforçam-se por fixar os seus profissionais ‘millennials’ para quem o mundo passou a ser realmente uma aldeia global. E sendo a componente das viagens um conceito tão importante para estes nómadas digitais que melhor ideia poderia existir do que transportar pedaços desses universos para dentro da empresa?
Foi isso que fez a Natixis que deu hoje a conhecer o seu novo conceito de espaço de escritório que pretende transformar a experiência do modelo de trabalho híbrido, potenciando a partilha, a criatividade, a inovação, a agilidade e a colaboração. Assim, a instituição bancária francesa recriou, em dois dos pisos da sua sede no Porto, 12 cidades de diferentes continentes a que chamou de Villages. O objetivo, diz a empresa, é ser um “exemplo pioneiro dos escritórios do futuro”.
“A cultura da Natixis baseia-se fortemente na proximidade entre as pessoas e na interação, no networking, na colaboração e nos momentos de socialização. Neste cenário, o conceito das Villages acabou por concretizar a visão de atribuir um verdadeiro propósito de colaboração e uma experiência única aos dias passados no escritório pelas nossas equipas. As Villages representam um conceito absolutamente inovador e celebram a nossa diversidade, confirmando a nossa aposta na expansão do projeto no Porto”, afirma Etienne Huret, diretor-geral da Natixis em Portugal.

Assim, a partir de agora, os colaboradores da Natixis em Portugal vão poder “viajar” pelas cidades de Manaus, Santiago, Dakar, Paris, Porto, Mascate, Cidade do México, Shanghai, Tóquio, Londres, Bangalore e Brooklyn. O conceito ocupa dois pisos e um total de mais de 3.800 m2, com uma lotação de perto de 200 pessoas.
O projeto de transformação do espaço teve a duração de dois anos e esteve a cargo da Tétris, empresa de arquitetura e construção da consultora JLL em Portugal.
“Numa altura em que se colocava em questão o fim dos escritórios, devido à generalização do teletrabalho durante a pandemia, a Natixis, antecipou-se e percebeu que o futuro passava por transformar o espaço de trabalho coletivo ao invés de acabar com ele. Antes da pandemia, os escritórios eram, sobretudo, espaços de conveniência. Atualmente, caminha-se para que sejam espaços de experiência. As Villages são a prova de que conceitos inovadores, imersivos e focados no bem-estar dos colaboradores são fundamentais para o sucesso das empresas”, afirmou Carlos Cardoso, Managing Director da Tétris.
Cada “Village” foi decorada e personalizada com pormenores que transportam os utilizadores do espaço para um destino diferente e não só através de elementos arquitetónicos mas também sons e cheiros característicos desses destinos.
A título de exemplo, na village do Porto, os colaboradores são recebidos pelo aroma do vinho do Porto e são encorajados a trabalhar em equipa num espaço que se assemelha a uma adega tradicional. Em “Mascate”, podem sentar-se numa duna macia enquanto saboreiam um chá local. Em “Manaus”, podem sentir a densidade da floresta e ouvir os ruídos dos animais. Em “Paris”, será possível assistir a uma transmissão em direto de uma paisagem ou do céu da capital francesa.

Recorde-se que é na sede da Natixis, no Porto que se desenvolvem soluções inovadoras para o negócio, operações e cultura de trabalho do Groupe BPCE em todo o mundo. A Natixis conta atualmente com perto de 2000 colaboradores de 30 nacionalidades, que diariamente trabalham com equipas de todo o mundo.