A pandemia abalou o mercado imobiliário mas não dá ainda mostras de ter tido um grande impacto nos preços, principalmente na apetecível capital onde os valores subiram de forma significativa no momento pré-Covid. O mais recente barómetro do Imovirtual realizado a partir dos anúncios inseridos nesta plataforma mostra que o preço médio dos imóveis anunciados para venda em Portugal foi de 359.207€ no mês passado, mais 2,9% face a maio. Em junho, o distrito que demonstrou o maior aumento de variação percentual de preço face ao período anterior foi Setúbal com um crescimento de 4% e os valores a situarem-se nos 286.559€ em maio e nos 298.277€ no mês seguinte.
Sem surpresas, o distrito mais caro para comprar um imóvel em Portugal continua a ser Lisboa, com o valor médio do que é anunciado a atingir os 577.150€. Ou seja, face ao mês anterior o preço médio de venda aumentou 3,7%, mais 20.000€ em termos absolutos.
À semelhança de Lisboa as restantes três regiões mais caras para comprar um imóvel, Porto, Faro e Região Autónoma da Madeira, apresentaram crescimentos na variação do preço médio de venda de 2,7%, 2,4% e 0,4% respetivamente.
Em contraponto, os quatro distritos que se destacam pelos preços médios de venda mais baixos foram Portalegre (116.459€), Castelo Branco (118.944€), Beja (128.400€) e Guarda (128.719€). Portalegre foi mesmo o distrito com a maior queda percentual do preço médio comparativamente ao mês de maio, menos 11,1%.
Rendas em Lisboa acima dos 1.500 euros
No arrendamento também não se vislumbra ainda a tendência para uma baixa significativa dos preços. O preço médio dos imóveis anunciados no Imovirtual no segmento de arrendamento aumentou mesmo 10% face à tendência anterior de decréscimo, passando de 1.097€ em maio para 1.206€ em junho. Também aqui, o distrito de Setúbal volta a destacar-se: as rendas refletiram o interesse pela zona e cresceram 9%, passando de 857€ para 935€.
Mas o crescimento do preço médio de arrendamento é generalizado um pouco por todo o país. Beja mantém-se o distrito com o maior crescimento percentual, cerca de 29%, com as rendas dos imóveis anunciados a passarem de 569€ para 733€ em junho.
Lisboa lidera o top de distritos mais caros para arrendar um imóvel, podendo uma renda chegar a custar em média 1.546€, mais 8,5%, que que o registado em maio quando a média se situou nos 1.425€.
No TOP4 dos mais caros surgem ainda Porto, Setúbal e Faro com as rendas a atingirem os 1.014€, 935€ e 931€, respetivamente.
Os distritos com as rendas mais baixas são Portalegre, Guarda, Castelo Branco e Vila Real, com 320€, 357€, 381€ e 465€, respetivamente.