Já é uma tendência consolidada em alguns países europeus e por cá começam também a instalar-se as consultoras imobiliárias que não cobram comissões percentuais mas sim uma taxa fixa, independentemente do valor do imóvel. Assim é na Kazzify que permite a venda de um imóvel com um custo de 1999 euros, incluindo já o IVA (e apenas caso exista uma efetiva transação).
Pouco mais de três meses após o seu lançamento, a start up portuguesa, que está focada essencialmente no mercado da Grande Lisboa, Porto e Algarvde, conta fechar o ano já com 150 imóveis angariados.
“Há espaço no mercado imobiliário português para este modelo disruptivo que é feito sem as habituais comissões elevadas que no mercado habitual variam entre os 3 e os 5%. Um pequeno exemplo: num imóvel de 100.000 euros a comissão média habitual ronda os 4.000 euros, o dobro da praticada pela Kazzify”, realça João Sabido, diretor-geral da empresa, que tem entre os seus fundadores Vasco Pereira Coutinho, Diogo Pereira Coutinho e João Quintanilha.
Através de uma plataforma digital integrada, online ou no telemóvel, a empresa assegura que qualquer vendedor possa aceder diretamente ao perfil do potencial comprador, agendar visitas na plataforma e ter o seu imóvel publicado em vários sites e portais. Do lado do comprador, uma das vantagens é obter uma maior margem pela redução do valor da comissão e a possibilidade de aceder de uma forma mais direta a toda a informação da casa, incluindo a visita virtual, “que lhe dá desde logo uma boa percepção de todo o espaço, ainda antes da visita presencial”. O acesso à Kazzify.com pode assim ser feito a qualquer hora e em qualquer lugar, permitindo uma negociação direta entre as partes e uma monitorização do processo de venda dos imóveis. “Isto permite uma maior transparência em todo o processo”, reforça ainda o responsável.
A Kazzify assegura adicionalmente um conjunto de serviços integrados num único pacote onde se incluem fotografias profissionais, planta 3D, visitas virtuais aos imóveis e a divulgação do anúncio em todos os portais habituais de compra e venda de casas.
“Este modelo é inovador em Portugal mas é um modelo testado e comprovado em vários países”, refere ainda João Sabido, dando como exemplo Espanha, onde as empresas de comissão fixa já concentram 5% da faturação global no mercado imobiliário e o Reino Unido, onde este tipo de empresas já atua há pelo menos três anos, a fatia é já de 10%.
