Por cada compra, um recibo. Se fizer uma compra por dia, ao final do ano são 365 recibos que leva para casa. E eis que ficam criadas as condições para o lançamento de uma empresa como a Recibos Online.
A Recibos Online começou a ser pensada em 2011 por um ex-técnico de uma consultora de tecnologias que, ciclicamente, tinha de reportar as contas às chefias e enviar os respetivos comprovativos por correio. «Estudei o mercado e verifiquei que, naquela altura, apenas a Apple tinha por hábito enviar faturas digitais para os clientes. Depois, reparei que havia especificidades legais no mercado português. Em 2012, entrei nos primeiros concursos de empreendedorismo e saí da consultora para me dedicar a tempo inteiro à Recibos Online», recorda Rui Santos, mentor e líder da startup que substitui recibos e faturas por ficheiros em suporte digital que são enviados por e-mail para cada cliente, depois de fazer uma compra.
Nos dois anos que se seguiram, a Recibos Online somou várias distinções: 1º lugar no BES Realize o seu sonho e no BET 24 Horas, da Universidade Católica; e menção honrosa no Green Project Awards, da Agência Portuguesa de Ambiente.
Hoje, a Recibos Online já está disponível em 10 lojas. Rui Santos acredita que pode fechar o ano com 100 a 150 lojas aderentes (pertencentes a um total de cinco marcas). Para esse objetivo, poderão contribuir as negociações que a startup está a levar a cabo com uma cadeia de supermercados.
A empresa sedeada na Startup Lisboa disponibiliza atualmente quatro planos de preços mensais que variam entre os 4,99 e os 49,99 euros.
Juntamente com os recibos digitais, a empresa disponibiliza um espaço que pode ser usado pelos lojistas para enviar, por e-mail, informação publicitária ou recolher a avaliação dos consumidores quanto aos diferentes serviços prestados nos pontos de venda.
Rui Santos lembra que três em cada quatro consumidores abrem os e-mails que enviam os recibos eletrónicos, mas apenas 1 em cada 10 abrem as newsletters enviadas pelas marca. «O custo é quase igual ao do papel (de uma máquina registadora), mas tem a vantagem de converter um papelinho que não serve para nada no meio de comunicação digital mais eficaz do mundo», conclui.