Apesar de já existirem há muito, os bots vieram recentemente para a ribalta, uma vez que tanto Facebook como Microsoft revelaram que vão apostar forte nesta tecnologia nos próximos anos. Algo que fez várias pessoas levantar o sobrolho e perguntar: mas, afinal, o que é um bot? É um software de inteligência artificial concebido para automatizar tarefas repetitivas e que seguem um padrão, ou seja, como se fossem desempenhadas por um robot. Alguns exemplos práticos: adicionar um compromisso ao calendário ou fazer uma reserva para jantar.
Atualmente, os bots estão a ser utilizados pelas empresas para lidar com uma variedade de pedidos dos clientes que anteriormente requeriam uma chamada telefónica para um interlocutor humano. No futuro, deverá assistir-se a um incremento exponencial dos chatbots, que estão inseridos dentro das apps de mensagens e simulam conversas, isto é, respondem de uma forma que dá a ilusão de que se está a interagir com um humano.
Por exemplo, Mark Zuckerberg revelou recentemente que vai abrir o código da app Messenger para que programadores possam criar chatbots que se integram neste serviço de mensagens. «Nunca mais terão de ligar para call centers», salientou o CEO. Mas a Microsoft promete não ficar atrás e Satya Nadella, o líder da empresa, afirmou que «os bots são as novas apps», revelando que a assistente pessoal Cortana irá facilitar a integração de bots de terceiros.
Mas o mundo dos bots não é um mar de rosas, pois a capacidade de simular uma conversa com um humano faz com que esta tecnologia também seja utilizada para manipulação na Internet. Por exemplo, ao navegar online é provável que se depare com alguns bots que são usados para gerar comentários automaticamente, promover discussões ou tentar redirecionar para outros sites. É por isso que, muitas vezes, temos de recorrer ao sistema CAPTCHA (aquele que nos obriga a digitar uma determinada palavra antes de consumarmos uma ação), que é uma forma de teste de Turing usado para distinguir humanos de bots com pouca inteligência artificial.
Nota: Este conteúdo foi originalmente publicado na Exame Informática nº 252