Quem, como eu, utiliza carros elétricos no dia a dia, seja para as viagens pendulares, seja para viagens por todo o país, sabe que a rede de carregamento tem evoluído de forma evidente. Mais, como tenho o privilégio de, por razões profissionais, viajar com frequência, muitas vezes para experimentar carros elétricos, também sei que a nossa rede se compara bem com o resto da Europa. Tanto em densidade, como em experiência de utilização. Está mais próxima das melhores do que das piores.
Dito isto, há vários pontos importantes a melhorar. Destaco três: maior transparência dos preços a pagar por carregamento, a simplificação dos processos necessários para instalar novos postos e o suporte para mais métodos de pagamento. Começando pelo primeiro ponto, quem conhece o contexto histórico de como a rede foi desenvolvida em Portugal – estivemos entre os primeiros –, sabe que fazia sentido que o preço resultasse das variáveis tempo de carregamento e de energia. Isto porque, no início, a tecnologia, nos postos e nos carros, não permitia grandes velocidades de carregamento e o reduzido número de postos aconselhava a cobrar por tempo para impedir abusos.