Will Peebles, um dos técnicos envolvidos na criação do novo gerador de vídeos da OpenAI, admite que “a primeira versão do Sora vai cometer erros – não é perfeita, mas está já no ponto em que consideramos que vai ser bastante útil para aumentar a criatividade humana”. Peebles foi um dos muitos elementos da equipa da OpenAI que se juntaram à transmissão em direto onde a empresa anunciou a chegada do Sora Turbo para utilizadores do ChatGPT Pro e Plus.
O youtuber Marques Brownlee teve acesso antecipado à ferramenta e explica as diferentes capacidades: é possível criar múltiplas variações de clipes de vídeo a partir de comandos de texto ou imagens e editar vídeos existentes com a funcionalidade Re-mix; a Storyboard permite criar sequências de vídeos; a Blend combina dois vídeos num só e mantém elementos de ambos; a Loop e a Re-cut permitem fazer edições e ajustes às cenas.
Os utilizadores das modalidades premium do ChatGPT vão ter de gastar créditos para utilizar o Sora e gerar vídeos, com o valor da criação a variar de acordo com a duração e resolução do produto desejado: a 480p custam 25 a 150, a 720p entre 30 e 540 e 1080p entre 100 e 2000 créditos, noticia o Tech Crunch. Cada subscrição tem entre 1000 e 10000 créditos que reiniciam a contagem mensalmente.
Por predefinição, a OpenAI reserva-se o direito de usar os novos vídeos do Sora para continuar a treinar o algoritmo, mas essa definição pode ser alterada pelo utilizador na página principal.
O Sora não vai estar disponível para já na Europa e no Reino Unido, com a OpenAI a listar os países onde vai ser possível usar a ferramenta e a advertir que a utilização fora destas regiões pode resultar em eliminação ou suspensão da conta do utilizador. Sam Altman confirma que “estamos a tentar o máximo lançar [na Europa], mas não temos qualquer previsão temporal para partilhar ainda. E há outros países onde não podemos operar”.
Recorde-se que também o Advanced Voice Mode foi lançado primeiro noutros pontos do globo no verão e só chegou à Europa em outubro, por necessitar de “revisões externas adicionais. Esta é uma prática comum para assegurar que a funcionalidade está alinhada com os requisitos locais”, contou um porta-voz da empresa na altura.
Também a Meta e a Microsoft tiveram de adiar os lançamentos de produtos baseados em Inteligência Artificial no ‘velho continente’, algo que já levou a empresa de Redmond a emitir uma carta aberta onde pede “uma interpretação moderna” das leis de privacidade da Europa que não “rejeitem o progresso”.