Em conferência de imprensa realizada esta manhã, a Priberam revelou um acordo com vista à disponibilização dos dicionários de português, português-inglês e inglês-português para os leitores de eBooks Kobo.
Carlos Amaral, administrador da Priberam, refere que o acordo é plurianual, mas recusa fornecer os valores que a empresa portuguesa vai receber por ceder os dicionários para a Kobo. Os dicionários, que estão aptos a reconhecer quatro grafias do português (português europeu antes e depois do acordo ortográfico e português brasileiro antes e depois do acordo ortográfico), vão ser disponibilizados de origem nos Kobos comprados a partir de hoje, ou que façam as atualizações de sistema operativo que deverão ser lançadas nos próximos dias.
O acordo com a Kobo promete reforçar a presença da Priberam no segmento dos dicionários eletrónicos. Há cerca de um ano, a Priberam começou a fornecer dicionários de português, na variante europeia e brasileira, para os leitores de livros Kindle, da Amazon.
Carlos Amaral confirma que já tentou colocar as suas soluções de dicionário e corretor ortográfico na App Store, mas estas tentativas de conquista do mercado da “maçã” têm sido rejeitadas pela Apple. O impedimento de entrada na App Store está relacionado com o facto de a Apple considerar os dicionários ferramentas do sistema. Apesar da rejeição da Apple, Carlos Amaral não tem dúvidas de que há procura: «Temos vários utilizadores de iPads e iPhones que gostariam de escrever com as nossas ferramentas de sugestões de palavras», explica o responsável da Priberam».
mesmo sem ter acesso ao mercado do iOS, a produtora de dicionários e corretores ortográficos não enjeitou a hipótese de lucrar com os fãs da Apple, vendendo hoje ferramentas para computadores Mac a partir do seu próprio site.
A par da Apple, Carlos Amaral aponta ainda outras famílias tecnológicas: «estamos curiosos quanto aos critérios de entrada na loja de apps do Windows 8».