A China bloqueou a exportação de gálio, germânio e antimónio para os EUA, como medida de retaliação pelas restrições aplicadas pelos EUA. Apesar de algumas transações de metais estarem já bloqueadas desde outubro, a informação oficial chega agora, um dia depois de os EUA anunciarem que iam apertar ainda mais o bloqueio, nomeadamente nos chips de computadores.
Pequim afirma que o foco do seu bloqueio está em metais que têm “potenciais aplicações militares” e incide sobre “itens de uso duplo”, ou seja, que podem ser usados por militares e civis. Em sentido inverso, também os EUA estão a controlar as exportações de grafite, embora ainda não as tenham proibido completamente.
Os metais selecionados por Pequim podem ser usados para criar semicondutores, cabos de fibra ótica e células solares. Já o antimónio pode ser encontrado em cápsulas de caçadeira, armas nucleares, óculos de visão noturna e baterias.
Considerando que a China é responsável por 48% do antimónio, 59,2% do germânio refinado e 98,8% do gálio refinado produzidos e minerados em todo o mundo, é fácil perceber que esta suspensão das exportações tem um impacto profundo no mercado, obrigando os EUA a encontrar novas fontes e levando também à subida dos preços. Segundo o Engadget, o trióxido de antimónio viu o seu preço ser aumentado 228% desde o início do ano.