Os Jogos Olímpicos Paris 2024 (entre 26 de julho e 11 de agosto) e os Paralímpicos (de 28 de agosto a 8 de setembro) estão a ser preparados tendo em conta um nível de ameaça cibernética sem precedentes. A organização espera um elevado nível de pressão, com vários perigos à ‘espreita’, seja por parte de ativistas, terroristas, cibercriminosos ou de hackers ao serviço de Estados.
As empresas de cibersegurança Cisco e Eviden estão a tentar mitigar o impacto de eventuais ciberataques e a organização está também a colaborar com a agência francesa para a segurança da informação (ANSSI). “Não podemos evitar todos os ataques, não há Jogos sem ataques, mas temos de limitar o seu impacto”, disse Vincent Strubel, diretor geral da ANSSI à Reuters.
“Os Jogos estão a enfrentar um nível de ameaça sem precedentes, mas o nosso trabalho de preparação também foi sem precedentes, pelo que acho que estamos um passo à frente dos atacantes”, realçou o responsável. A organização está a recorrer ao trabalho de ‘hackers éticos’ para testar os sistemas e a usar soluções com Inteligência Artificial para parar o perigo.
Segundo Franz Regul, diretor-geral de TI para os Jogos Olímpicos Paris 2024, é esperado que “o número de eventos de cibersegurança seja multiplicado por 10 em comparação com Tóquio (em 2021)”. Eric Greffier, responsável de parcerias da Cisco, complementa que “em termos de cibersegurança, quatro anos equivalem a um século”.
No mês passado, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que não tinha dúvidas de que a Rússia ia tentar atacar os Jogos Olímpicos de Paris. Além da situação da Ucrânia, também o conflito de Israel com o Hamas pode originar novos ataques.