Os advogados da Apple, os queixosos e os mediadores envolvidos chegaram a um acordo para uma compensação material que a gigante tecnológica vai pagar pelo seu envolvimento em fraudes relacionadas com cartões de oferta do iTunes. O processo judicial está a decorrer na Califórnia e pretende abranger todos os utilizadores dos EUA que, entre 2015 e 2020, tenham comprado cartões de oferta que foram usados no iTunes ou na App Store e que a Apple não restituiu.
No esquema em causa, os criminosos tiravam partido do pânico ou forçavam um sentido de urgência nas vítimas, levando-as a comprar cartões do iTunes ou da App Store para pagar impostos, multas, contas de eletricidade ou água, ou despesas hospitalares. As vítimas eram instruídas para fornecer os códigos aos meliantes, apesar do aviso que alerta que estes não devem ser partilhados. Depois, a Apple transferia apenas 70% do valor para a conta dos criminosos, ficando com os restantes 30% como ‘comissão’, lê-se na queixa citada pela Reuters.
Estes esquemas terão lesado as vítimas em centenas de milhões de dólares. A Apple é acusada de saber que o esquema existia, de ter compactuado e de ter feito pouco para o desmantelar. O acordo a que se chegou agora ainda vai ser redigido para a forma final ser aprovada depois por um juiz.