Com a invasão russa da Ucrânia, mais de 4,2 milhões de pessoas tiveram de abandonar o país e procurar melhores condições nos vizinhos europeus. Dado o cenário que obrigou à fuga, a maior parte dos países anfitriões assegura alojamento, serviços de saúde, acesso à educação e o direito a entrarem no mercado de trabalho a estas pessoas.
A comissária dos Assuntos Europeus Ylva Johansson explica que esta solução deve ser estendida pelo menos até março de 2024 e mesmo os ucranianos que voltem ao país vão manter os direitos, caso tenham de vir a fugir novamente.
Agora, a Comissão Europeia anuncia a disponibilização de uma ferramenta de procura de empego para os refugiados. A EU Talent Pool vai permitir que os que tiveram de fugir da invasão russa carreguem os seus currículos e os tornem visíveis para mais de quatro mil empregadores, centros de emprego públicos e agências de recrutamento privadas, noticia a Reuters.
Até agora, cinco países juntaram-se ao programa em regime de piloto e o comissário Nicola Schmidt alarga o convite para que mais se juntem: “para os empregadores na UE, que sabemos estarem a enfrentar falta de mão de obra em vários setores e de diversas especializações, isto pode ser um mecanismo importante”.
Desde o início do conflito, mais de 600 mil ucranianos já entraram no mercado de trabalho europeu.