Com a perda de destaque na produção dos semicondutores e uma elevada dependência do fornecimento vindo da China, os EUA pretendem recuperar parte do terreno perdido neste segmento. Para esse efeito, foi alcançado um acordo entre Republicanos e Democratas em julho e agora aprovada a entrada em vigor do CHIPS and Science Act. O documento assinado agora pelo presidente Joe Biden prevê o investimento de 200 mil milhões de dólares ao longo dos próximos cinco anos na produção de chips e na investigação científica.
Baixar os custos de produção, evitar problemas na cadeia de fornecimento e reduzir a dependência de outras nações são três dos objetivos deste novo investimento. A atual escassez de chips no mercado tem conduzido à limitação da produção, por exemplo, de automóveis nos EUA e noutras partes do mundo.
A Intel vai ser uma das beneficiárias destes fundos, aproveitando a verba para apoiar a construção já anunciada de uma fábrica de semicondutores no Ohio. Joshua Aviv, CEO de uma empresa de carregamentos de veículos, congratulou-se pela aprovação da lei dizendo que “esta nova lei permite a pessoas como eu terem uma oportunidade e fazer crescer os nossos negócios. Durante anos, a minha indústria esteve à mercê da cadeia de fornecimento”, cita a CNN.
Além de 39 mil milhões ao longo dos próximos cinco anos para expandir a produção doméstica de semicondutores, estão previstos 11 mil milhões para o Departamento de Comércio também promover a investigação e desenvolvimento em técnicas de produção avançadas, investir em novas tecnologias e expandir as oportunidades de formação dos trabalhadores do setor.
Outra vertente deste investimento passa pelos 170 mil milhões de dólares previstos para investigação científica, inovação e exploração espacial. A maior parte destes fundos vai ser canalizada para a National Science Foundation e para o Office of Science, do Departamento de Energia. O investimento visa ainda ajudar a acelerar o desenvolvimento americano em áreas como Inteligência Artificial, computação quântica, manufatura avançada, comunicações 6G e ciências da energia e dos materiais.