A TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company) diz que o custo de produção de chips vai registar um aumento médio entre 10 e 20% no ano de 2022 e, para 2023, a tendência continuará a ser de subida. A fabricante está a avisar os clientes para esperarem aumentos na ordem dos 5 a 9% no próximo ano, tanto em processos de produção tradicionais como nos mais avançados. Uma vez que a TSMC fabrica chips para tecnológicas como a Apple, AMD, Intel e Nvidia, é expectável que estes aumentos venham a refletir-se em preços mais caros nos produtos destas marcas.
O aumento em 2023 vai ser menos acentuado devido ao esperado alívio na situação do fornecimento dos semicondutores, cenário que segundo os analistas da indústria deverá estabilizar ainda antes do final de 2022.
Depois de anos de intensa procura motivada pela pandemia e das disrupções provocadas pelos isolamentos decretados por causa da Covid-19, a situação parecia estar a caminho de um alívio, mas a situação da guerra na Ucrânia e o aumento dos preços dos combustíveis contribuem agora para afastar mais um pouco o cenário de estabilidade no fornecimento dos semicondutores.
Além do segmento dos consumidores, a TSMC serve ainda setores mais estruturais e de grande volume, como o 5G, a computação de elevado desempenho ou a indústria automóvel, o que deve ajudar a fabricante a conseguir um aumento de receitas na ordem dos 30%, segundo avança a publicação DigiTimes (via Tom’s Hardware), e um crescimento anual composto (CAGR) entre os 15 e os 20%.
O aumento dos preços de 5 a 9% deve começar a sentir-se logo em janeiro de 2023.