Será apenas uma justificação para voltar com o negócio atrás ou uma consequência de falta de informação crítica? Musk ameaçou desistir da oferta que fez para a aquisição da totalidade do Twitter por 44 mil milhões de dólares. O fundador da SpaceX e presidente da Tesla defende que o Twitter está a violar o contrato de aquisição ao recusar-se a divulgar os dados que usa para estimar o número de spam e contas falsas. Numa carta enviada ao diretor do departamento legal do Twitter, Vijaya Gadde, Elon Musk que precisa dessa informação para obter o financiamento e preparar a tomada de posse do Twitter.
Por outro lado, o Twitter já respondeu, indicando que vai continuar a cooperar com Musk, nomeadamente na partilha da informação necessária de acordo com o contrato de aquisição assinado pelas duas partes. Mais, em resposta à Ars Technica, o Twitter informou que “acreditamos que este acordo é do melhor interesse para os acionistas”, adicionando “pretendemos fechar a transação e forçar o acordo de compra nos termos e preço acordados”.
Recorde-se que, segundo o Twitter, menos de 5 por cento dos utilizadores ativos “monetizáveis” são falsos ou resultal de spam. Desde que Musk começou a questionar os dados relativos aos verdadeiros utilizadores do Twitter, que as interpretações dadas aos números diferem entre as leituras dos responsáveis do Twitter e de Musk. Por exemplo, Musk referiu que o Twitter tinha informado que a percentagem de utilizadores reais que fazem comentários nesta rede social diariamente seria superior a 95%. Mas, na verdade, não foi isso que aconteceu porque o Twitter tem uma definição específica para utilizadores diários ativos “monetizáveis” bem mais ampla, que inclui utilizadores que podem, simplesmente, apenas verem tuítes de outros utilizadores.
Muitos analistas consideram que estas observações de Musk não passam de técnicas para encontrar uma justificação para desistir do negócio sem ter de enfrentara consequências graves, nomeadamente o pagamento de fortes indemnizações ao Twitter e aos seus acionistas.
