Os dados de utilizadores que se inscreveram num programa destinado a reunir famílias separadas por conflitos armados, desastres naturais ou movimentos migratórios estão nas mãos de piratas informáticos. Responsáveis da Cruz Vermelha fazem um apelo para que os hackers não divulguem a informação: “as pessoas reais, as famílias reais por trás desta informação estão entre as mais desfavorecidas do mundo. Por favor, façam a coisa certa. Não partilhem, vendam, divulguem ou usem de outra forma esta informação”, pediu Robert Mardini, diretor geral do Comité Internacional da Cruz Vermelha.
O ataque a uma empresa suíça subcontratada pela Cruz Vermelha para o armazenamento de dados rendeu aos piratas o acesso a dados de mais de 515 mil pessoas que participam neste programa. A organização sem fins lucrativos não tem qualquer indício da identidade dos criminosos e revela que os dados provêm de pelo menos 60 representações diferentes da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, noticia o ArsTechnica.
O site do programa Restore Family Links estava em baixo ontem e o último arquivo presente no Internet Archive já data de 27 de dezembro, o que sugere que o ataque possa ter ocorrido já há algumas semanas.
Nos últimos tempos têm surgido ataques a organizações deste género e também a serviços hospitalares e de emergência médica, com a Cruz Vermelha a estar envolvida num apelo global feito em 2020 para que as nações fizessem mais para evitar os ciberataques a hospitais e prestadores de cuidados de saúde.