Os EUA tinham avançado com uma recompensa de 10 milhões de dólares em troca de informações que conduzissem aos membros do gangue REvil, na sequência de vários ataques de ransomware. Agora, as autoridades russas anunciaram ter desmantelado as operações do grupo, mas não parece provável que acedam a qualquer pedido de extradição que os americanos venham a apresentar.
A agência russa FSB confirma ter avançado depois de ter recebido pistas dos EUA e acusa o grupo de ter “desenvolvido software malicioso” e “organizado o roubo de dinheiro de contas bancárias de cidadãos estrangeiros”. As autoridades de Moscovo apreenderam 426 milhões de rublos aos piratas (cerca de quatro milhões de euros), incluindo aqui cerca de 400 mil euros em cibermoedas. Além do dinheiro, foram confiscados mais de 20 carros de topo de gama que terão sido adquiridos com receitas provenientes dos atos criminosos, noticia o ArsTechnica.
Para confirmar mesmo o fim do grupo, a FSB anunciou que “a associação de crime organizado deixou de existir e a infraestrutura de informações que usava para fins criminoso foi neutralizada”.
Depois de muitos anos a ignorar as acusações de fornecer um porto seguro a hackers que atacam alvos no Ocidente, a Rússia avança com a detenção de um grupo de piratas de topo, que fez várias vítimas nos últimos tempos, apesar de estar algo enfraquecido desde setembro do ano passado, depois da saída de vários elementos. Estas detenções podem marcar um novo momento nas relações entre os EUA e a Rússia no que diz respeito ao cibercrime, especialmente por marcarem a primeira vez em muito tempo que as autoridades dos dois países colaboraram neste tipo de operações.