A Apple está a trabalhar numa forma de conseguir interpretar dados como a mobilidade, os padrões de sono ou a forma como as pessoas escrevem para detetar comportamentos depressivos, de ansiedade ou de perda de conhecimento. A análise desta informação e de outros indicadores, como as expressões faciais ou o batimento cardíaco, pode ajudar os profissionais a elaborar diagnósticos ou pelo menos servir de complemento para o rastreio. A empresa de Cupertino quer proceder à análise e processamento dos dados diretamente nos aparelhos dos utilizadores, não transferindo por isso a informação para servidores.
Já existem projetos, em diferentes fases, a decorrer com instituições de investigação e universidades: na Califórnia, estão a ser monitorizados dados de 3000 voluntários que estão a usar iPhone e Apple Watch. Estes dados são comparados depois com as respostas dadas a questionários apresentados frequentemente e com a análise da presença de uma hormona associada ao stress em folículos de cabelo dos participantes. O estudo tem a duração prevista de três anos, noticia o Engadget.
Outro projeto que pode ajudar a concretizar o objetivo da Apple está a ser feito pela Biogen, farmacêutica que pretende lançar um estudo de dois anos para monitorizar a função cognitiva e detetar perdas médias de conhecimento que podem evoluir depois para Alzheimer. Os investigadores pretendem rastrear informação de mais de 20 mil participantes e os dados recolhidos podem ser usados para criar uma funcionalidade que alerte o utilizador, caso este comece a apresentar sinais que indiciem uma deterioração da sua condição mental.
Todas estas iniciativas ainda estão numa fase bastante inicial, pelo que a concretização destes projetos em funcionalidades acessíveis para os utilizadores poderá demorar anos.