Após a crise global de semicondutores, a Comissão Europeia anunciou os seus planos de criar um “ecossistema” de fabrico de chips, com o objetivo de manter a União Europeia menos dependente dos fornecedores asiáticos e americanos e, consequentemente, mais competitiva e autossuficiente.
“O digital é uma questão decisiva”, disse a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, num discurso no Parlamento Europeu em Estrasburgo, na passada quarta-feira, dia 15 de setembro. “Apresentaremos uma nova Lei Europeia de chips. O objetivo é criar em conjunto um ecossistema de chips europeus de última geração e produzi-los. Isso irá garantir a segurança da UE no abastecimento e irá desenvolver novos mercados de tecnologia europeia inovadora.”, acrescentou.
Assim, a União Europeia adota uma estratégia semelhante à dos Estados Unidos, anunciada o ano passado, a Lei CHIPS for America, que pretende aumentar a capacidade dos Estado Unidos em competir com a tecnologia chinesa.
Também o Comissário da Indústria, Thierry Breton, sublinhou o facto de os chips serem mais que componentes-chave para a produção de smartphones, jogos e outros setores no mercado. “A corrida pelos chips mais avançados é uma corrida pela liderança tecnológica e industrial”, escreveu numa publicação.
Como consequência da pandemia Covid-19, a escassez de semicondutores representou, para a UE, um dos maiores riscos de recuperação. Neste sentido, a European Chips Act, para além de abranger a produção de chips, vai também abranger a pesquisa e cooperação internacional.