Scarlett Johansson está a processar a Disney por alegada quebra de contrato. A atriz defende que a estratégia da empresa em lançar o filme Black Widow em simultâneo nas salas de cinema e na plataforma de streaming Disney+ não respeita o acordo que foi estabelecido com a Marvel, propriedade da Disney. Nos últimos tempos, esta mesma tática tem sido usada em várias estreias, como forma de os estúdios não terem de aguardar por permissão das autoridades de saúde de cada país para colocarem os filmes primeiro nas salas de cinema e só depois nas plataformas de streaming. Mais recentemente, têm acontecido várias estreias em simultâneo nas duas formas.
O processo judicial alega que os representantes da atriz procuraram garantir, antes da pandemia, que o filme Black Widow teria direito a uma estreia exclusiva nas salas de cinema. Na altura, a Disney estava a preparar o lançamento do Disney+ e pretendia capitalizar o interesse pelo filme para aumentar o número de subscritores. É mesmo citado um email de responsáveis da Marvel onde asseguram entender as motivações de Johansson para ter um lançamento nas salas de cinema antes da chegada às plataformas e que se existissem alterações ao plano, estas teriam de ser acordadas por ambas as partes.
Agora, o advogado John Berlinski acusa, ao Tech Crunch, “não é segredo que a Disney está a lançar filmes como Black Widow diretamente no Disney+ para aumentar o número de subscritores e assim inflacionar o preço das ações – e que está a esconder-se por trás da Covid-19 como pretexto para o fazer (…) Este certamente não será o último caso onde o talento de Hollywood faz frente à Disney e torna claro que, independentemente do que a empresa pretenda, tem uma obrigação de honrar os contratos”.
Uma grande fatia do salário de Scarlett estaria ligado ao sucesso do filme nas bilheteiras e a atriz alega perdas de 50 milhões de dólares devido ao lançamento simultâneo.