A CMA, de Competition and Markets Authority, do Reino Unido vai colaborar com a Google na criação e desenvolvimento da tecnologia de monitorização do Chrome. Ao abrigo do acordo, a CMA irá aceitar os compromissos legais assumidos pela Google e, em troca, obtém voz ativa na preparação da solução que visa manter a privacidade dos utilizadores, ao mesmo tempo que oferece informação relevante para os anunciantes.
A Google anunciou os planos do Privacy Sandbox em janeiro e pouco depois a CMA anunciou uma investigação formal a esta prática. A gigante tecnológica propunha substituir os cookies que monitorizam os hábitos de navegação por um modelo de Inteligência Artificial que calcula os perfis individuais de cada um e os agrupa de forma anonimizada e que oferece aos anunciantes a possibilidade de criar campanhas de publicidade dirigidas.
Andrea Coscelli, da CMA, explica que “o surgimento de gigantes tecnológicos como a Google apresenta aos reguladores de competição em todo o mundo novos desafios que requerem uma nova abordagem”. Por outro lado, Oliver Bethell, responsável de competitividade da Google para a região da EMEA, explica que “damos as boas vindas à oportunidade de lidar com um regulador com o mandato de promover a competição para o benefício dos consumidores”, cita o The Guardian.
Entre os compromissos assumidos pela Google está o de que os seus próprios produtos não vão gozar de vantagem sobre os de outros anunciantes, o de que o histórico de navegação do Chrome não vai ser usado para publicidade dirigida e o de que a CMA vai ser avisada proativamente dos planos da empresa, com uma pausa garantida de 60 dias antes de serem banidos os cookies de terceiros em definitivo.