É no portal “Investimento de investigação em pequenas empresas” do Departamento de Defesa dos EUA foi publicado um anúncio para atrair a ajuda de pequenos fabricantes. O ramo militar pretende desenvolver um potente raio laser capaz de passar armaduras, ‘cegar’ sensores de computação e causar disrupções em sistemas de eletrónica – e de disparar num femtosssegundo, medida de tempo equivalente a um quadrilionésimo de segundo (10 elevado a 15 segundos). Tudo indica que este tipo de armas ainda está a alguns anos de distância até estar operacional, apesar de o Pentágono e a Marinha dos EUA já terem algumas soluções similares.
O pedido do exército assenta num pulsar ultracurto, em vez de usar uma onda contínua. A arma teoricamente seria capaz de descarregar um poderoso impulso de energia, dando uma vantagem única no terreno. “Enquanto a maioria dos lasers [de onda contínua] simplesmente derretem os alvos, estes sistemas [de pulsar ultracurtos] conseguem neutralizar ameaças de três formas: ablação do material do alvo, cegar sensores através de geração supercontínua de banda larga no ar e a geração de uma interferência eletrónica localizada usada para sobrecarregar o sistema interno eletrónico do alvo”, cita a publicação Vice.
Em laboratório, universidades e instituições já conseguiram criar um laser como o que o exército procura e que dispara em um femtossegundo. O Pentágono pretende capitalizar esta investigação, admitindo que já evoluiu bastante nos últimos anos e pedindo que sejam ultrapassadas as restrições atuais, no que toca a tamanho, peso e poder, bem como no que toca a ambientes de operação e custos de produção.
O objetivo dos militares dos EUA parece passar por desenvolver sistemas de armamento capazes de neutralizar mísseis cruzeiro e drones. No vídeo em baixo, uma reportagem da CNN sobre um laser de elevada potência a bordo do USS Ponce.