O leilão para a atribuição das frequências necessárias à quinta geração de redes móveis (5G) vai começar em outubro e terminará em dezembro. O novo calendário foi revelado nesta quinta-feira pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).
Isto significa que a estreia das primeiras redes comerciais 5G no mercado português só vai acontecer no próximo ano, como também adianta a Anacom em comunicado. “A atribuição dos direitos de utilização de frequências está prevista para 2021”, revela o regulador do setor das comunicações.
As novas datas para o leilão do espectro – nas faixas dos 700 MHz, 900 MHz, 1800 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz – já deveria ter acontecido, segundo o primeiro calendário estipulado pela Anacom, mas a situação de pandemia provocada pela Covid-19 levou ao adiamento do leilão e ao atraso no processo de disponibilização de redes comerciais. O Governo tinha dito, antes da pandemia, que contava ter duas cidades com redes 5G comercialmente disponíveis ainda durante 2020.
A consulta pública do projeto de regulamento do leilão para a atribuição de direitos de utilização de frequências para a 5G recebeu, segundo a Anacom, perto de 500 participações, de organismos governamentais, Governos regionais, reguladores, instituições públicas, autarquias, prestadores de serviços de comunicações eletrónicas e fabricantes. “Estando concluída esta fase do procedimento, a Anacom considera oportuno atualizar o calendário indicativo para a realização do leilão”.
De recordar que o Governo português não vai impedir a Huawei ou qualquer outra marca de fornecer tecnologias 5G, como a Exame Informática revelou, e que a Anacom já admitiu atribuir mais frequências depois deste primeiro leilão, na faixa dos 26 GHz.