O Departamento do Interior dos Estados Unidos da América, responsável por supervisionar o território que pertence ao país, vai deixar de usar uma frota de mais de 800 drones por receio de espionagem chinesa. Os drones vão ficar parados até que seja feita uma análise completa aos riscos de segurança associados aos equipamentos.
Todos os drones usados pelo Departamento do Interior são chineses ou têm componentes chineses. Os únicos drones que vão escapar à decisão, mesmo que tenham componentes chineses, são aqueles usados em situações de emergência, no combate a incêndios e em missões de busca e salvamento.
De acordo com o The Wall Street Journal, o Departamento do Interior está preocupado com a possibilidade de os drones poderem transmitir dados, fotografias e vídeos de infraestruturas críticas e de serem um potencial alvo de ataques informáticos.
De acordo com a publicação South China Morning Post, a DJI, fabricante chinesa e uma das maiores vendedoras de drones a nível mundial, já disse estar «desapontada» com a decisão. «Enquanto líder de tecnologia para drones comerciais, trabalhamos com o Departamento do Interior para criar tecnologia segura e que corresponde aos requisitos rigorosos do departamento, algo que foi desenvolvido ao longo de 15 meses de trabalho com os oficiais americanos, análises independentes de cibersegurança e especialistas da NASA», disse fonte da DJI.
Este é mais um episódio que mostra o escalar da guerra comercial e tecnológica entre os EUA e a China. Em setembro, foi aprovada uma lei que proíbe as organizações federais de comprarem drones chineses. Também recentemente, um total de 28 empresas, de diferentes áreas tecnológicas, foram adicionadas à “lista negra” da Agência da Indústria e Segurança do Departamento de Comércio dos EUA.