A Comissão Europeia anunciou no início desta semana um conjunto de medidas que obriga os fabricantes a garantir a existência de peças sobressalentes para reparações para máquinas de lavar roupa durante 10 anos. A disponibilidade de componentes de substituição para os frigoríficos vai passar a ter um período mínimo de sete anos– exceto para as borrachas que vedam as portas que terão um mínimo de 10 anos. O pacote de medidas foi batizado de Ecodesign e deverá ser publicado nas próximas semanas no Jornal da União, passando a vigorar passados 20 dias sobre essa publicação.
As medidas agora anunciadas abrangem dez famílias de equipamentos: frigoríficos, máquinas de lavar roupa, máquinas de lavar loiça, televisores e ecrãs eletrónicos, equipamentos de iluminação e de controlo remoto, fontes de energia externos, motores elétricos, e frigoríficos com funções de venda ao público, transformadores, e máquinas de solda.
Os comunicados da Comissão Europeia informam que os fabricantes terão de disponibilizar os componentes sobressalentes que são solicitados para a reparação de eletrodomésticos num período máximos de 15 dias úteis.
«As peças sobressalentes têm de poder ser usadas com ferramentas correntes que já estão disponíveis, e sem provocar danos aos eletrodomésticos», explica a Comissão Europeia.
As medidas conhecidas como Ecodesign pretendem dar novo fôlego ao segmento das reparações, mas têm como propósito de maior alcance a racionalização de matérias-primas e de emissões poluentes, bem como promover poupanças para as famílias europeias.
A Comissão Europeia estima que estas medidas, uma vez conjugadas com as novas etiquetas de eficiência energética que foram anunciadas em março, possam permitir uma poupança de energia de 167 TeraWatts hora até 2030. Além de corresponder à energia consumida anualmente pela população da Dinamarca, esta poupança representa ainda a redução de 46 milhões de toneladas de CO2 que são emitidas para a atmosfera.