A notícia chamou à atenção há dois anos pelo inusitado: uma startup sem atividade ou negócio conhecido liderava o ranking das empresas mais valiosas do País com uma avaliação de cerca de 29 mil milhões de euros. O caso, que envolvia a desconhecida Yupido, acabou por levantar celeuma e ironia dentro e fora da Internet – até que o Ministério Público iniciou uma investigação. Segundo o Dinheiro Vivo, o caso acabou arquivado.
O arquivamento parece confirmar precisamente que não é ilegal avançar com avaliações que podem não ter correspondência com a realidade – nem sequer quando supera os 15% do PIB nacional ou a soma dos valores atribuídos às 12 empresas mais valiosas de Portugal, como recorda o Dinheiro Vivo.
Em declarações à SIC, Torcato Jorge, um dos fundadores da Yupido, é taxativo: «O nosso capital social podia ser igual ao PIB português que isso não era crime». Apesar da valorização
É também em entrevista para a SIC que Torcato Jorge reitera a intenção de «inevitavelmente pôr este negócio a funcionar». A startup chegou a ter agendado o lançamento dos primeiros serviços e/ou produtos em 2018, mas ainda hoje não chegou a fazer qualquer tipo de negócio. Nos planos da empresa que foram revelados em 2017 também se previa a contratação de mais de 200 pessoas e pedido de registo de mais de 40 patentes.
Apesar de o caso ter terminado em arquivamento no Ministério Público, levou a uma suspensão de dois anos do revisor de contas que ratificou a avaliação, informa a SIC.