O relatório da Universidade de Essex foi encomendado pela Scotland Yard e não é animador no que diz respeito ao reconhecimento facial e à sua taxa de sucesso. O sistema foi usado pela primeira vez em 2016 e, desde então, foi aplicado em mais dez localizações e eventos. Os investigadores analisaram a precisão e o número de reconhecimentos corretos, concluindo que, de 42 pessoas identificadas como sendo suspeitas, apenas oito o eram, colocando a taxa de erro nos 81%.
As autoridades, nomeadamente a Metropolitan Police do Reino Unido, refutam o estudo, com o comissário a indicar estar «extremamente desapontado com o tom negativo e desequilibrado este relatório». A forma de cálculo da polícia para aferir o sucesso do sistema é comparar o número de reconhecimentos total (certos ou errado) pelo número de rostos processados pelo sistema. Se analisado desse prisma, o sistema teria uma taxa de erro de 0,1%.
O Engadget recorda que esta não é a primeira polémica envolvendo as autoridades britânicas e sistemas de reconhecimento facial, lembrando um episódio onde mais de 2300 pessoas foram identificadas como potenciais criminosos.
As tecnológicas, como Microsoft, Google e Apple, já se mostraram apreensivas quanto ao uso deste tipo de tecnologia, pedindo uma maior e mais abrangente legislação sobre o tema.