O WhatsApp tem uma série de restrições e bloqueios para evitar uma incorreta utilização da plataforma e impedir que o serviço seja usado para, por exemplo, enviar spam e manipular eleições. No subcontinente asiático especificamente, assiste-se ao surgimento de várias empresas que promovem publicamente produtos e serviços para contornar estas restrições. A empresa detida pelo Facebook revelou que, a partir de 7 de dezembro, irá começar a tomar ações legais mesmo contra quem apenas promova a má utilização, ainda que não tenha provas. O objetivo é caçar quem se determine que está «envolvido ou a assistir outros em abusos que violem os Termos e Serviços, como o envio automatizado ou em massa, ou utilização não pessoal», refere o post nas FAQ da plataforma. Ainda não foi revelado que tipo de ações legais é que o WhatsApp vai tomar, noticia a Reuters.
A má utilização do serviço, na Índia, passa pelo recurso a apps clonadas gratuitas ou a um serviço de 14 dólares que podem ser usados para envio de mensagens de WhatsApp em massa. Estes serviços são usados por quem quer manipular a opinião pública, geralmente antes de haver atos eleitorais, e espalhar informação falseada. Na Nigéria e Indonésia, por exemplo, também houve registos de utilização deste tipo de software antes das eleições de 2019.
Na Índia, com mais de 200 milhões de utilizadores de WhatsApp, o combate ao spam sempre foi uma das dificuldades do serviço de mensagens e há registos de que fake news colocadas a circular tenham dado origem a linchamentos populares.
A empresa anunciou estar a bloquear mais de dois milhões de contas por mês por terem comportamentos automatizados.