O BPI vai começar a cobrar comissões bancárias no MB Way a partir de amanhã e a DECO deixou já uma crítica à instituição bancária, exigindo a limitação dos custos associados a pagamentos e transferências feitas pelos utilizadores da app que são clientes do banco.
Além do BPI, também o Millennium BCP fez saber da intenção de cobrar 1,3 euros pelas transferências efetuadas no MB Way, a partir de 17 de junho.
Num comunicado de imprensa, a associação de proteção dos direitos do consumidor acusa a banca de «viciar os clientes com serviços gratuitos, para mais tarde passar a cobrar comissões sem critério ou justificação», afirmando que o BPI, para além de ser um dos pioneiros na cobrança deste serviço em Portugal, aumentará o valor das transações de 16 cêntimos para 1,20 euros – um aumento na ordem dos 600%, que segundo a DECO é «injustificável».
Embora sejam vários os bancos que se preveem uma atualização dos valores das transferências via MB Way, a grande maioria das instituições ainda não aderiu a esta prática, mas a qualquer momento poderão passar a cobrar, tal como o BPI. Atualmente, mais de um milhão de portugueses efetuam pagamentos através do seu smartphone recorrendo ao serviço MB Way.
A DECO entrou já em conversações com o Banco de Portugal para discutir estas alterações no sistema do MB Way e vai disponibilizar no seu site um formulário no qual os utilizadores podem apresentar as suas queixas.
Recorde-se que a cobrança de comissões em pagamentos e parte das operações disponibilizadas nas caixas da rede Multibanco passou a ser proibida através do Decreto de Lei nº 3/2010. Estas proibições não foram aplicadas às tranferências efetuadas entre clientes de diferentes bancos nas caixas Multibanco.
Na sequência da publicação deste texto, o BPI lembra que é possível fazer transferências equivalentes às do MB Way sem quaisquer custos, desde que seja usada a aplicação de telemóvel que o banco tem vindo a disponibilizar aos clientes.