O governo mexicano está a investigar um golpe levado a cabo por piratas informáticos em grande escala no México. Os hackers criaram ordens fictícias de transferências bancárias e prosseguiram com o levantamento de dezenas de milhares ou centenas de milhares de pesos de cada vez. Os cúmplices procediam ao levantamento de dinheiro, esvaziando as contas fictícias, em dezenas de bancos. Dado o montante elevado dos levantamentos, os investigadores acreditam que o golpe só foi possível com ajudas internas.
Uma das fontes ouvidas pela Reuters aponta para o levantamento de 300 milhões de pesos no total, o equivalente a cerca de 13 milhões de euros. O valor final ainda não foi apurado, mas sabe-se que as autoridades conseguiram bloquear algumas das transferências fraudulentas.
«Não há qualquer evidência de que isto já tenha acabado», disse o governador do Banco Central do México, Alejandro Diaz de Leon, «estamos a tomar medidas corretivas e de mitigação». Este responsável confirmou ainda que o sistema de transferências interbancárias usado no México, o SPEI, não foi afetado, mas que se desconfia de que o software desenvolvido por terceiros ou outras instituições e que se liga ao sistema poderá estar na origem do problema.
Ao que tudo indica, cinco instituições bancárias terão estado na mira destes ataques. Por outro lado, sabe-se que os piratas só atacaram contas de instituições financeiras e empresas, deixando intactas as contas de particulares.