Podem durar apenas uma semana ou chegarem a um ano de duração. E podem ter como destinatários pessoas que pretendem mudar de profissão, ou apenas quem necessita de uma reciclagem de conhecimentos. São cursos de formação profissional e vão ser ministrados no Instituto Superior Técnico a partir de setembro. Estão já definidos cursos para a área das tecnologias, telecomunicações e engenharia civil, «mas a ideia é estender a outras áreas de formação», informa Luís Correia, professor do IST, que tem vindo a coordenar a criação deste novo formato de cursos.
Com esta nova “fornada” de cursos, o Técnico pretende criar uma oferta de formação sem grau académico que seja «mais estruturada» e que possa dar sequência às iniciativas de formação profissional levadas a cabo nos últimos tempos.
Atualmente, o Técnico tem vindo a estudar o mercado e a sondar empresas de referência para os diferentes setores, com o objetivo de apurar quais as necessidades de formação profissional existentes. Dessa análise de mercado deverá resultar a formulação de novos cursos de formação profissional que poderão vir a ser lecionados no próximo ano letivo. Os cursos serão lecionados por professores do Técnico e por especialistas de fora do Técnico ou mesmo do circuito académico – e que no limite até poderão não ter qualquer grau académico, mas dominam determinadas competências que nem sempre são fáceis de encontrar numa universidade.
Além da reciclagem de conhecimentos e currículos para profissionais de diferentes áreas, Luís Correia admite que os cursos possam ajudar «a fazer a reconversão de pessoas que não têm formação tecnológica, mas querem arranjar emprego na área das tecnologias». Os custos dos cursos variam consoante, temáticas, recursos usados, duração, entre outros fatores.